Botelho endurece discurso e diz que saída do União vai evitar 'jogo sujo' dentro da sigla
Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Jardel P. Arruda
O deputado estadual Eduardo Botelho (União) parece que está perdendo a paciência quando é questionado sobre sua saída do União Brasil. Sem espaço no partido para seu projeto eleitoral de 2024, até o momento ele não se reuniu com o governador Mauro Mendes, presidente estadual do União, para chegar à decisão final e alinhar o discurso de despedida.
Na manhã desta quarta-feira (23), o deputado ponderou que a desfiliação amigável é a melhor opção afim de evitar que Mendes faça "jogo sujo" interno, inviabilizando a candidatura de Botelho em favorecimento a Fábio Garcia, secretário da Casa Civil e apadrinhado de Mauro.
Para sair candidato à prefeitura de Cuiabá, Botelho atualmente estuda sair do União e migrar para o PSD. Há duas semanas, o presidente da Assembleia legislativa de Mato Grosso esteve em Brasília e se reuniu com lideranças da sigla para discutir a filiação.
Sabendo da força política que Botelho possui e temendo que a sua saída possa resultar em uma debandada de filiados do União, lideranças partidárias tentam fazer com que ele desista da ideia. Mauro Carvalho e Jayme Campos tentam viabilizar uma reunião extraordinária para que todos sentem a mesa e discutam a situação.
O empecilho principal é que Mauro Mendes, presidente estadual do partido, já decidiu que sua escolha pessoal é o deputado federal Fábio Garcia, algo que Botelho vê como uma imposição, o que faz com que ele busque novos rumos.
Nesta quarta, o parlamentar conversou com a imprensa e demonstrou certa irritação ao falar sobre o tema. De acordo com ele, sua saída do União será melhor para todos, até mesmo para o governador Mauro Mendes que poderá fazer jogo limpo na hora de viabilizar a candidatura de Fábio Garcia à prefeitura de Cuiabá.
“A decisão tem que sair esse ano. Ela é boa pra mim e para o governador. Se ele quiser construir o candidato dele, ele precisa que eu saia do partido pra ele construir, ou vai ficar fazendo joguinho por baixo: “Ah chama o partido aqui sem Botelho saber”. Não é por aí. Ele tem que fazer jogo limpo. Se ele quer isso, sai fora que eu vou construir aqui”, disse Botelho.
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