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18/11/2023 às 16:46

Especialista afirma que chuva de novembro não será suficiente para conter incêndio no Pantanal

Luíza Vieira

Muitos esforços por parte do Corpo de Bombeiros e até ações integradas entre o Governo de Mato Grosso e o Governo Federal estão sendo empenhados em uma batalha incansável contra o fogo que devasta o Pantanal mato-grossense há dias. As chamas poderiam ser controladas se pelo menos chovesse na região, no entanto, apenas chuvas muito volumosas e duradouras seriam capazes de vencer o fogo, o que conforme o Climatologista do Departamento de Geografia da UFMT, Rodrigo Marques, não está previsto para este mês.

“Há expectativa de chuvas a partir do dia 19, sobretudo no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Na região de Cáceres, há previsão de chuva entre os dias 21 e 22/11, e Cuiabá a partir do 20/11, mas ainda não há previsão de chuvas generalizadas com grandes volumes”, disse em entrevista ao Leiagora.

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Como exemplo de cidade pantaneira que tem sido muito impactada pelas queimadas está Poconé, visto que o município teve mais de 200 mil hectares devastados pelo fogo e já declarou estado de emergência

Somado a isso, dentre os mais de 2 mil focos de calor identificados em Mato Grosso, 73,5% eram provenientes da região, até a quinta (16). A possibilidade de um refresco por meio das chuvas pode vir a partir deste domingo (19), quando, conforme o instituto meteorológico Climatempo, há 67% de possibilidade na região do Pantanal.

Por conta disso, frente a um cenário fora do comum para esse mês, o especialista ainda avalia um possível recorde. “De forma geral, o mês de novembro será marcado por chuvas abaixo do esperado para o mês, sendo um mês bem seco, em relação à média histórica”, projeta.

Atrelado à segunda onda de calor que aumentou as temperaturas em todo o Brasil, vários pontos do Pantanal continuam queimando, enquanto animais morrem ou perdem seus habitats naturais e formas de alimentação.
 
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