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Notícias / Cinema

14/12/2021 às 12:15

Documentário expõe vulnerabilidade de refugiados venezuelanos em Mato Grosso

Curta visa dar visibilidade aos imigrantes que se exilaram diante das crises na Venezuela

Priscila Mendes

Documentário expõe vulnerabilidade de refugiados venezuelanos em Mato Grosso

Foto: Jade Rainho

Muitas cidades brasileiras receberam grande número devenezuelanos, em razão da crise econômica, política e humanitária que vive a Venezuela. A jornada desses refugiados é o tema documentário de curta-metragem,“Hermanos, aqui estamos”, de Jade Rainho, prestes a ser lançado.

A fome e o desemprego causado pela hiperinflação, a crise política interna e externa e o isolamento diplomático do Governo de Nicolás Maduro marcam o drama de famílias venezuelanas, que buscam melhores condições de vida para suas famílias.

O Brasil se tornou o país com a sexta maior concentração global de migrantes venezuelanos. Segundo dadosda Agência da ONU para Refugiados (Acnur), há mais de 264 mil venezuelanos no Brasil. Cuiabá recebeu, até março de 2020, 984 desses imigrantes.


O filme é uma produção da Cadju Filmes, por meio do selo Toda Vida é uma Obra de Arte, com coprodução da Galo de Briga Filmes.O projeto foi selecionado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT), com recursos daLei Aldir Blanc.

Segundo Jade Rainho, "além de possibilitar o reconhecimento humano e identitário dessas pessoas, o filme trabalha para desfazer os véus da ignorância e do preconceito gerados pela desinformação e o distanciamento em relação a sua situação de vida. O cinema documental tem um papel fundamental em criar pontos de contato entre distintas realidades, atuando como uma potente ferramenta de sensibilização e transformação social”.

Sobre o documentário

Para produzir o documentário, Jade contou com suporte da historiadora Nathalia da Costa Amedi, que além de analisar a situação da crise migratória desde sua raiz histórica, apontou a necessidade de políticas públicas para mitigar o sofrimento do povo venezuelano.

“É latente a falta de estrutura para recebê-los, apesar do esforço das entidades não-governamentais e do poder público estadual e municipal. A presença dessa população refugiada e migrante venezuelana passou a ser perceptível no cenário da cidade, especialmente nos semáforos e em meio às rotatórias nas proximidades dos shoppings centers”.

Alguns venezuelanos têm formação em nível superior, o que facilita a inserção no mercado de trabalho, porém, nem todos conseguem ter acesso a trabalhos na sua área de atuação e acabam virando mão de obra barata nas cidades e trabalhando na informalidade.

Personagens do documentário também anseiam por políticas públicas e regularização de documentos. Muitas vezes, não conseguem legalizar sua situação para conseguir um emprego, por falta de documentos.

“Não queremos pedir dinheiro, mas a situação nos obriga”, diz Evelyn sobre constantes questionamentos nos semáforos de Cuiabá (MT).

Jade Rainho é poetisa, cineasta, documentarista, educadora e ativista pelos Direitos Humanos e da Natureza.

O curta documental conta com - além de Jade Rainho no roteiro e na direção geral, de produção e de fotografia - produção executiva de Clarissa Virmond; montagem com Tyrell Spencer; pesquisa comJade Rainho e Nathália da Costa Amedi; Teo de Miranda como
assistente de Câmera e Making Of e fotografia Still, este último juntamente com Jade Rainho; som direto com Paulo Monarco; trilha sonora original com Estela Ceregatti e Jhon Stuart; poema deJade Rainho e Yndira Villaroel; produção musical de Jhon Stuart; Mixagem, Finalização de áudio e Desenho de som com Manoel Neto; Finalização de imagem e cor com Tyrell Spencer; e arte gráfica por Daniel Eizirik.

Mais informações, nosite do documentárioou pelo Instagram@hermanosaquiestamos.
Com assessoria
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