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18/01/2023 às 14:21

UFMT abre inscrições para curso para defesa de direitos de pessoas LGBTQIA+

A formação é on-line e gratuita e as inscrições vão até sexta-feira

Paulo Henrique Fanaia

UFMT abre inscrições para curso para defesa de direitos de pessoas LGBTQIA+

Foto: Reprodução

O Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS) e o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações de Gênero (Nuepom) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), está com inscrições abertas para o “Curso de Formação de Lideranças Populares na Defesa de Direitos LGBTQIA+", com o objetivo de promover o engajamento político dos participantes na promoção, efetivação e eficácia de Direitos para pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexuais e outras identidades de gênero e orientações sexuais (LGBTQIA+). O curso é online e gratuito e as inscrições podem ser realizadas até sexta-feira (20) neste link.

Composto de um total de 15h, divididos em cinco encontros, o curso será ministrado sempre às quintas-feiras, com início no dia 2 de fevereiro, das 18h às 21h, horário de Cuiabá.

Dentre a ementa, o curso abordará temas sobre proximidades entre Liderança e Política, Direitos LGBTQIA+; Avanços e Desafios; e outros. A ação é objeto de estudo da mestranda do PPGPS, Taise Fernanda Feiten, sob orientação da docente Bruna Andrade Irineu, e faz parte da proposta de produto tecnológico ofertado à Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

“Diante dos conhecimentos adquiridos no decorrer do PPGPS, com a minha pesquisa, em andamento, que versa sobre o tema, a proposta do curso é fazer uma introdução teórica e dialogada. Nosso interesse é que essas pessoas que lutam pela causa LGBTQIA+ , e que estejam no curso, sejam sementes e possam levar os conhecimentos adquiridos e trocados para conscientizar politicamente a comunidade onde vive, ou seja, que sejam lideranças populares”, explica Taise Fernanda.

Pela pluralidade e oprotagonismo

Para a orientadora, professora Bruna Andrade Irineu, a ação articula a co-produção acadêmica e ativista LGBTQIA+, a partir de tecnologia social cujo desenvolvimento coloca em tela o significado social da universidade pública na defesa dos direitos humanos. “Há de falarmos também na reconstrução da democracia brasileira. Sem dúvida, a UFMT reitera seu protagonismo junto às lutas sociais por justiça social e reconhecimento da diferença”, ressalta.

Ainda sobre as motivações da pesquisa e do curso, a pós-graduanda explica que frente ao contexto histórico, cultural e político do Brasil, a sociedade tende a desconhecer a sua importância na participação política e controle social, e que dessa forma a atividade pretende abranger temas dos quais poderão ser utilizados para uma participação política mais ativa em diversos aspectos da sociedade.

“Podemos pensar também na falta de interesse dos governos em dialogar com a população e das instituições em promover espaços mais ‘atrativos’ para a participação social. É através dessa participação que se faz a democracia, tema tão recorrente e distorcido atualmente”, destaca a professora, complementando que a ação se insere neste cenário político marcado por fake news, por discursos de ódio e extermínio ao diferente, ao esforço em criar retrocessos aos Direitos conquistados, principalmente da população LGBTQIA+, dentre tantos outros.

As pesquisadoras finalizam afirmando que é preciso que essas limitações sejam superadas, e que uma formação de base, pela educação política, é imprescindível para a transformação social.

Com assessoria
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