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Notícias / Cinema

11/03/2023 às 10:37

Bairro Alvorada e a Passagem da Conceição são cenários de filme de MT sobre a pandemia

'A Favela Sangra' tem uma perspectiva do impacto da covid-19 nas periferias

Entretê

Bairro Alvorada e a Passagem da Conceição são cenários de filme de MT sobre a pandemia

O diretor Luiz Borges e o produtor Duflair Barradas

Foto: Divulgação

O bairro Alvorada em Cuiabá, antigo Quarta-Feira, e a Passagem da Conceição foram os locais escolhidos pelo cineasta mato-grossense Luiz Borges para ambientar seu novo filme, do qual ele assina o roteiro e a direção. “A Favela Sangra, a Amazônia Arde” é o nome da obra.

Neste novo filme, o cineasta persegue o tema dos impactos da pandemia da covid-19 iniciada com o curta metragem “Angelus Novus anuncia na boca da noite a derrocada do anticristo”, realizado no ano passado, lançado há um ano no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.

Agora, o cineasta retorna ao mesmo tema, a pandemia, desta vez a partir do impacto nas comunidades urbanas periféricas e nas etnias indígenas, os Xavante.

Em “A Favela Sangra”, Jamal (Fagner Benedito) é um adolescente negro que se prepara para o Enem. Ele se vê forçado a pedir dinheiro ao irmão, Juca Malucão (Ronaldo José), chefe do narcotráfico na comunidade, para comprar os medicamentos necessários para recuperação de sua mãe, Josefina, interpretado por Day Brasil.

Numa entrega de cestas básicas para esta comunidade comandada por Mauro (Júlio Carcará), policiais corruptos (Marcio Borges e outros) fazem uma operação que resulta na morte de civis.

Nesse episódio, fazem uma participação especial a atriz mirim Ivy Costa Felix e Justino Astrevo.

No “Amazônia Arde”, uma parteira vivida pela atriz Fernanda Marimon realiza um parto sem sucesso de uma índia jovem com covid. A doença ceifa a vida de quase toda a sua aldeia.

Aproveitando-se da tragédia que se abateu sobre seus vizinhos, André (Rodrigo Nelman), um latifundiário, autoriza um ataque de seus jagunços e garimpeiros para se apropriar das terras indígenas.

O roteiro foi escrito há três anos e, apesar de se tratar de uma ficção, foi inspirado na realidade a partir das notícias referentes à covid.

As filmagens, que ocorrem até segunda-feira (13), são resultado do projeto contemplado pelo edital de audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazar (Secel/MT) e reúne uma equipe de cerca de 50 profissionais. São parceiros da produção a
Prefeitura de Cuiabá e o Cineclube Coxiponés da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Para o diretor, “fazer hoje um filme neste Estado é um ato de resistência e exige uma grande cooperação. Para se ter uma ideia, o orçamento desse filme aprovado no edital é idêntico ao orçamento da ‘Cilada com 5 Morenos’, que fizemos há 21 anos atrás".

Assinam a produção executiva do filme Gisela Barradas, Rafaela Lerer e Duflair Barradas; Angusto Krebs é o diretor de som; a produção é de Ana Maria Araújo; a direção de Arte é de Laís Wrzesinski Ribeiro e Bia Lobo é a assistente de Direção.

Assessoria
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