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22/08/2023 às 13:06

FLOR DO CAMPO

Grupo de Siriri Cuiabano participa de festival nacional em SP

Foram 10 anos até o seu retorno à Olímpia, na mostra da FEFOL, entre os dias 5 e 13 de agosto,

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Grupo de Siriri Cuiabano participa de festival nacional em SP

Foto: Assessoria

Do bairro Parque Ohara à Olímpia. O grupo Flor do Campo, que salvaguarda a cultura popular cuiabana esteve em São Paulo levando o Siriri ao 59º Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia, com o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT). O FEFOL é um dos maiores e mais famosos festivais do Brasil e o Flor do Campo foi um dos 40 grupos de pelo menos 15 Estados presentes neste encontro da cultura brasileira.

Foram 10 anos até o seu retorno à Olímpia, na mostra da FEFOL, entre os dias 5 e 13 de agosto, e agora o grupo Flor do Campo está de volta ao cenário dos grandes festivais nacionais.

“Há 10 anos nós fomos também para Teresina (PI), Brasília (DF), Londrina (PR), e no interior de Mato Grosso, no município de São Félix do Araguaia. Depois de 10 anos para cá viajamos apenas para Tapurah (MT) e agora tivemos a grata satisfação de voltar ao Festival de Olímpia. Estamos muito felizes com o retorno e não vamos parar por aqui”, destaca Manoel da Silva, um dos integrantes do grupo, filho de dona Matilde, a matriarca da família que comporta um grupo com 40 integrantes, incluindo dançarinos, músicos e pessoal de apoio, de diferentes faixas etárias.

Comprometidos em levar a alegria e a tradição a todos os lugares por onde passam, a Associação Flor do Campo tem com a anfitriã dona Matilde da Silva, que comanda com maestria o grupo, levando essa energia contagiante com seu largo e belo sorriso.

O grupo é familiar, composto por 12 pares para o Siriri, cinco tocadores homens e cinco backing vocal, todas mulheres, que aproximadamente 41 anos dançam, cantam e tocam, com a batida da saia, o gingado do corpo e o pisado tradicional apoteótico! A raiz não pode ser deixada de lado para se fazer o bom Siriri! Esse é o lema do Flor do Campo, cuja identidade é a dança! Com fé e devoção a São Sebastião.

Quilombo Urbano

E recentemente foi sinalizada pelo Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, como uma comunidade quilombola urbana, em Cuiabá, por meio das ações do projeto Ponto de Cultura INCA, onde tiveram mentoria pela presidente do INCA Cybele Bussiki para que o grupo chegasse a esse entendimento, com a ideia de fortalecer o grupo e mudar a realidade de sua situação social, em Educação e Renda, e fazer avançar em seus sonhos, além da cultura popular regional que já conhecem e sabem fazer.

Para isso contou com consultorias em Comunicação nas redes sociais, Jurídica, Educação financeira e de auto sustentabilidade e salvaguardar desses grupos, com modelos de negócios viáveis aos gestores dos quintais, por meio da metodologia Canvas, com um profissional da Bahia, o arquiteto e urbanista baiano, Éraldi Peterson, que atua em comunidades que deram resultado, em seu Estado.

Flor do Campo

A Associação Cultural Flor do Campo, é uma entidade civil, com natureza associativa sem fins lucrativos que atua no segmento da cultura popular, há 41 anos, tornando-se um dos Grupos mais tradicionais de Cuiabá.

Fundado por dona Matilde, legítima cuiabana, de 68 anos, que aprendeu a dançar o siriri desde criança, O Flor do Campo nasceu na região da ponte do Coxipó, cujos pais, irmã e os amigos Luiz Marques, dona Domingas, Antônia e seu Candi, mestres da cultura popular incentivaram a criação do grupo, na década de 80.

Por sugestão de seu Luiz Marques e por morarem mais afastados da cidade, o grupo recebeu o nome de Flor do Campo, que foi acatado por dona Matilde e sua gente, no 1982 e fundado oficialmente em 08 de março 1886.

Sua liderança feminina, negra e ancestral, mantém o grupo vivo e lutando pela tradição raiz, com a dança, a confecção do trançado afro, passado por gerações, e agora o samba pela filha Dani Silva.

"O Siriri mexe com a gente, é no batuque do tambor que dá movimento, isso é ancestral, por isso precisamos manter, porque é tão difícil continuar a lutar pela tradição", ressalta Matilde.

Da assessoria
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