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Notícias / Cultura Popular

31/10/2023 às 17:30

HORRIPILANTES

Halloween: conheça lendas urbanas que mexem com o imaginário dos cuiabanos

Confira as histórias assustadoras que marcaram nossas vidas desde que somos pequenos

Gabriella Arantes

Halloween: conheça lendas urbanas que mexem com o imaginário dos cuiabanos

Foto: Gabriella Arantes/Entretê

Algumas lendas urbanas assustadoras acompanharam a história da Capital mato-grossense ao longo dos anos e parte delas também marcou nossas vidas desde que somos pequenos.

Aproveitando que estamos no clima de Halloween, comemorado nesta terça-feira (31), o Entretê entrevistou o historiador Francisco das Chagas Rocha que falou sobre algumas histórias horripilantes que mexem com o imaginário dos cuiabanos.

“Essas lendas são muito importantes porque fazem parte do imaginário popular. É uma forma muito importante de manter viva as tradições, as lembranças do passado e aquilo que foi contado pelos pais e avós. Quantas crianças se sentavam ao redor dos avós e pais para ouvir essas histórias...”, comentou.

Noiva de Branco / Mulher de Branco

Boêmios que frequentavam um cabaré chamado de “Bar Colorido”, localizado no Centro Histórico de Cuiabá, testemunharam algo apavorante. Uma mulher, vestida de branco e supostamente morta, seduzia os homens do estabelecimento.

“Lá era muito frequentado por pessoas da baixa e alta sociedade. Em um certo dia, uma mulher muito bonita, toda de branco, entrou lá. Ela ficou até umas 19h bebendo, dançando e conversando com as pessoas. Em uma determinada hora ela pediu que chamasse um táxi para ir embora. Mas só que um dos frequentadores da Casa ficou apaixonado por aquela mulher, achou ela muito bonita e tal. Depois disso ela pegou o táxi, foi embora e quando chegou em um determinado local, que é em frente ao Cemitério da Piedade, ela pediu para o homem parar. Ele parou, ela desceu e disse que morava lá. Após isso ela desapareceu”, contou.

No dia seguinte, o homem teria ido ao Cemitério da Piedade à procura da moça misteriosa. No entanto, ele ficou arrepiado com a resposta que encontrou.

“No outro dia, aquele rapaz que tinha se apaixonado por ela perguntou para o taxista onde ele havia deixado a mulher. Eles foram até o cemitério e perguntaram para os funcionários do local sobre a mulher. O funcionário disse que não sabia de nada, mas que tinha a foto de uma mulher em um túmulo com essas características. Quando ele foi lá ver era a mulher do cabaré. Até hoje em dia quem anda na redondeza do cemitério tem medo de passar a noite com medo da Mulher de Branco”, disse o historiador.

Alavanca de Ouro

A lenda da Alavanca de Ouro é uma das mais antigas de Cuiabá. Por volta de 1722 muitos negros teriam morrido soterrados em busca do ouro em formato de uma alavanca nas minas de Miguel Sutil.

Conforme o historiador, o fato ocorreu nas escadarias da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. "Eles estavam cavando e encontraram um ouro que parecia uma alavanca. Quanto mais eles cavavam, mais ela se afundava. Até que acabou se transformando em um grande buraco que acabou engolindo muitos negros. A lenda da Alavanca de Ouro diz que um dos trabalhadores que estava lá no garimpo do ouro sentiu sede e foi buscar água. Ele encontrou uma senhora muito humilde e em conversa com ela, a senhora relatou que foi maltratada e por conta disso ia dar um conselho. Ela disse: não se junte com aquela turma que está procurando ouro porque algo muito ruim irá acontecer. Até que de fato aconteceu e somente esse negro escapou de ser soterrado”.

Casarão Assombrado de May do Couto

A professora Ana Maria do Couto, mais conhecida como “May”, era lembrada por ser uma pessoa super ativa. May foi atleta, formou-se em Direito, professora, jornalista, radialista e depois vereadora.

No entanto, em 1971, aos 46 anos, Ana Maria morreu vítima de câncer. Na época, havia acabado de assumir a presidência do Clube Esportivo Dom Bosco.

A partir daí, começaram as histórias de que o espírito de May assombrava o casarão onde ela morava com a mãe.

“Quando ela foi acometida por essa doença, a família achou por bem não contar para a mãe dela. Porque a May era a paixão da dona Francisca que era mãe dela. Até que chegou o momento que a May morreu e a senhora ficou numa tristeza muito grande. Ela achou que não tinha mais sentido ter festa naquela casa, de ter alegria, porque a dona Francisca se sentia praticamente morta em vida. E ela passava o dia ouvindo naquelas fitas antigas os discursos de May. Então quem passava pela rua e escutava a voz da falecida já deduzia que o casarão era assombrado. E até hoje as pessoas têm medo de passar por ali, que fica perto do Clube Dom Bosco, com medo da assombração de May do Couto que na verdade era apenas um mal entendido das pessoas”, relatou o especialista.

A Lenda da Carroça Assombrada

Na Rua 13 de Junho, localizada no Centro da Capital, havia uma grande figueira que muitos paravam para ficar embaixo. Porém, barulhos de uma carroça que transportava fantasmas aterrorizavam os moradores da região.

“Havia uma grande figueira onde as pessoas paravam e ficavam embaixo por causa da sombra. Nessa ocasião, muita gente passava por ali a noite escutando o ranger das carroças que transportavam as pessoas que morreram na época da varíola em 1867. A Lenda da Carroça Assombrada, que era exatamente uma carroça que passava carregando os mortos. Essa lenda diz que mesmo depois de tantos anos que aconteceu a varíola, as pessoas ouviam os ruídos da carroça passando por ali", concluiu.


Minhocão do Pari

O Minhocão do Pari é um ser que está sempre presente no imaginário mato-grossense, vagando pelos rios pantaneiros. É um grande monstro em forma de serpente, virando canoas, devorando pescadores, desmoronando as margens. Sim, lembra muito o monstro do lago Ness.
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1 comentário

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  • Clarice Ribeiro Camozato Cabral 01/11/2023 às 00:00

    Minha mãe Azelia da Costa Ribeiro, foi miss Cuiabá...acho que em 1939... Será que no Club Feminino não tem foto??? Alguém consegue ver??? Moro em Lins SP... Grata...

 
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