Mesmo com redução de quase 18% nos focos de calor no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2020, Mato Grosso lidera o ranking nos país. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De 1° de janeiro a 30 de junho de 2021, foram registrados 5.540 contra 6.747 nos primeiros seis meses do ano passado. Já no período de 10 anos (2011-2020), Mato Grosso acumula redução de 18,3% nos focos de calor.
Os focos de calor não indicam, necessariamente, um foco de fogo ou incêndio, pois os satélites registram qualquer temperatura acima de 47º C.
No bioma do Pantanal, a redução foi significativa, baixando de 548 focos de calor para 91 casos, uma redução de 83,4% do ano passado para cá. No Cerrado, a redução foi de 17%, caindo de 2088 para 1730. Já no bioma da Amazônia, a queda foi de 9,5% nos focos de calor, passando de 4.111 para 3.719.
No ranking entre os nove estados da Amazônia Legal, Mato Grosso é o terceiro em extensão territorial, atrás do Amazonas e Pará, contudo estes dois ocupam o 7º e o 4º lugar em focos de calor no ranking do Inpe.
Quem mais tem focos de calor?
As propriedades privadas representam 85,7% dos focos de calor do primeiro semestre de 2021, em Mato Grosso. São cerca de 150 mil propriedades, que correspondem a 72,7% do território do Estado. Em seguida, estão as 84 Terras Indígenas que apresentaram 468 focos de calor, ou seja, 8,4% do total dos focos e representam 16,2% da área estadual.
Os assentamentos e as Unidades de Conservação estaduais e federais são as que menos tiveram focos de calor, sendo 267 e 58, respectivamente. Juntos, representam 5,9% do território mato-grossense.
Combate
Para evitar as queimadas e desmatamento em Mato Grosso, o Governo disponibilizou R$ 73 milhões para combate ao fogo, também foram treinados 80 pilotos de aviação agrícola, treinamento de brigadistas, contratação de mais analistas na Sema para dar celeridade no julgamento de recursos das multas ambientais, dentre outras ações.
