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Notícias / Política

18/08/2021 às 17:26

Lúdio detecta possível sobrepreço e requer informações do governador

Governo estadual pagou R$ 2,05 por comprimido de ivermectina enquanto prefeitura de Cáceres pagou R$ 0,28

Leiagora

Lúdio detecta possível sobrepreço e requer informações do governador

Foto: Marcos Lopes/ALMT

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) requereu informações e documentos à Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre a compra de 1,4 milhão de comprimidos de ivermectina por R$ 2,8 milhões, a um custo de R$ 2,05 por comprimido, preço sete vezes maior que o preço pago por alguns municípios de Mato Grosso. 

O requerimento foi aprovado pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (18). A compra de 350 mil caixas de ivermectina pelo governo de Mato Grosso foi citada durante depoimento do diretor executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado, na semana passada.

“Nós pesquisamos os contratos e identificamos que o Estado pagou muito mais caro que os municípios em cada comprimido de ivermectina. Há uma série de lacunas e incongruências no contrato do governo de Mato Grosso com a Vitamedic que precisam ser esclarecidas, como o fato de o contrato primeiro falar em unidade como caixa e depois como comprimido. O fato é que o Estado pagou R$ 2,05 por comprimido de ivermectina”, explicou Lúdio.

No levantamento, Lúdio identificou que a prefeitura de Cáceres fez a compra mais barata: foram 500 mil comprimidos por R$ 0,28 cada. Juína e Nortelândia compraram 10,3 mil e 1,5 mil unidades, respectivamente, e pagaram R$ 0,95 por comprimido. Alto Taquari comprou 3 mil comprimidos ao custo de R$ 1 cada, e Alta Floresta comprou 20 mil comprimidos por R$ 1,18 cada (confira tabela abaixo).

“O Estado precisa explicar por que pagou esse valor no mesmo momento que municípios de Mato Grosso pagaram um valor bem menor por quantidades bem menores desse medicamento. O que explica essa diferença? Por que Cáceres adquiriu comprimidos de ivermectina por R$ 0,28 a unidade e o Estado de Mato Grosso pagou R$ 2,05 por comprimido? Por que o Estado pagou tão caro e comprou quatro vezes mais a um preço sete vezes maior por unidade?”, questionou Lúdio.

Médico sanitarista, Lúdio Cabral é autor do requerimento para abrir uma CPI da Pandemia na Assembleia Legislativa, para investigar as ações e omissões do Estado na gestão da pandemia, que levaram Mato Grosso a ter a maior mortalidade por covid-19 do Brasil. Na avaliação de Lúdio, a compra da ivermectina por esse valor é mais um fato que reforça a necessidade de abrir a CPI no Estado. Seis deputados assinaram o requerimento de CPI até o momento: Lúdio Cabral, Valdir Barranco (PT), João Batista (PROS), Delegado Claudinei (PSL), Faissal Calil (PV) e Gilberto Cattani (PSL).
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