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Notícias / Política

24/08/2021 às 17:22

Emanuelzinho propõe consórcio de água entre Cuiabá e VG; Kalil diz que é inviável

A ideia do parlamentar é intermediar a assinatura de um consórcio entre as prefeituras das duas cidades, e reativar a ETA Porto

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Israel Prates

Emanuelzinho propõe consórcio de água entre Cuiabá e VG; Kalil diz que é inviável

Foto: Prefeitura de Várzea Grande

O deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (PTB) quer utilizar a Águas Cuiabá, concessionária de saneamento da capital, para amenizar o problema de abastecimento de água no município de Várzea Grande.

A proposta do parlamentar é intermediar a assinatura de um consórcio entre as prefeituras das duas cidades, a fim de fazer com que aproximadamente 13 mil famílias várzea-grandenses tenham água na torneira de casa.

Segundo o congressista, apesar de ainda não ter universalizado o abastecimento de água em Cuiabá, a produção da concessionária é registrada em excesso. Para ele, essa “sobra” poderia ser compartilhada com o município vizinho através da reinstalação da Estação de Tratamento (ETA) do Porto.

“A Águas Cuiabá tem em seu registro a produção em excesso de água em Cuiabá, por mais que ainda tenha quase universalizado a água, que ainda falta em alguns bairros, mas existe um excesso de produção de água e há a possibilidade de um consórcio, uma parceria entre a prefeitura de Cuiabá e prefeitura de Várzea Grande, para se fazer a distribuição dessa água, reativando a ETA do Porto, numa contratação desse serviço pela Prefeitura de Várzea Grande”, explicou o petebista.

Segundo ele, isso não iria refletir no aumento na tarifa de água aos moradores de Várzea Grande, e poderia implicar na redução da taxa na capital.

“Não iria aumentar a tarifa diretamente do morador de Várzea Grande. A Prefeitura contrataria esse serviço e se organizaria a partir da revisão de todo o sistema de saneamento para fazer a distribuição, sem necessidade de privatização. Isso pode até baixar a tarifa em Cuiabá e ainda garantir o abastecimento, inicialmente, de até 40 mil pessoas, cerca de 13 mil residências de imediato em Várzea Grande”, analisa.

Emanuelzinho afirma que irá se reunir com o prefeito Kalil Baracat (MDB) na próxima semana para apresentar a proposta. “O prefeito Kalil já me procurou buscando investimentos para a água, que eu tenho certeza que é uma das principais bandeiras de seu mandato. Então, na semana que vem, quero me reunir com ele para apresentar essa ideia. Já me reuni com a Águas Cuiabá, já me reuni com técnicos. Isso não prejudicaria de forma alguma Cuiabá, pois seria utilizada a mesma tubulação, mesmo encanamento, porque as duas cidades estão divididas pelo mesmo rio. É uma ideia que eu tenho estudado e me apropriado”, completou o deputado, ressaltando, ainda, que necessita da autorização do prefeito da capital, seu pai, Emanuel Pinheiro (MDB).

“Tem viabilidade técnica e viabilidade econômica. Naturalmente, o prefeito Emanuel Pinheiro precisa autorizar, pois a concessionaria é de Cuiabá, mas há possibilidade jurídica e é possível fazer essa parceria”, finalizou.

O prefeito de Várzea Grande, por sua vez, classificou a proposta como inviável. “Hoje se mostra inviável e economicamente improvável, pois ficaria mais cara que as obras da atual ETA Grande Cristo Rei”, colocou o emedebista.

Segundo ele, essa possibilidade já chegou a ser cogitada pelo Executivo, mas foi afastada após a constatação de que sairia onerosa aos cofres públicos.

“Em janeiro foi aberta uma negociação neste sentido com a Águas Cuiabá, que, no entanto, se demonstrou menos eficiente e mais onerosa que a obra da nova ETA Grande Cristo Rei, que fica pronta ainda neste ano. Fora isto, existia um componente político no meio, o que acabou afastando a possibilidade desta ação se tornar realidade”, revelou o chefe do Executivo Municipal, que ainda rebate as declarações do deputado federal acerca do aumento da tarifa.

“A fala de que isto não teria custo é utópica, pois na realidade a Águas Cuiabá iria vender água para Várzea Grande. Mesmo o DAE/VG e a Prefeitura decidindo não repassar o custo extra para os consumidores, o Poder Público Municipal teria que arcar com essa despesa”, finalizou.


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