O deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) defende uma união da direita em Mato Grosso com o objetivo de lançar um nome para concorrer ao cargo de governador nas eleições de 2022, se afastando cada vez mais do atual chefe do Executivo, Mauro Mendes (DEM), indo na contramão do partido, que está na base do democrata.
Em conversa com a imprensa, o parlamentar afirma que muitos nomes estão sendo ventilados para concorrer ao cargo no Executivo estadual e que lideranças da direita buscam alguém que seja afinado com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Muitos pré-candidatos estão buscando apoio do grupo do presidente. Bolsonaro ainda é muito forte em Mato Grosso, então o apoio dele é fundamental para uma candidatura para o governo estadual”, diz Claudinei.
Desde abril deste ano, lideranças partidárias da direita vem se unindo para lançar um nome que concorra ao cargo de governador do estado. Dirigentes partidários do Podemos, PSL, PSC, Patriotas, PRTB e DC, defendem um nome que seja alinhado com Bolsonaro.
Entre os nomes cotados para a disputa estão o do ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (Podemos), o empresário Reinaldo Moraes, conhecido como Rei do Porco e os dois mais disputados, o ministro da infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas e o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), sendo que este último, embora seja um nome forte nas eleições, ainda sofre uma resistência dos bolsonaristas em virtude da filiação ao PSDB, partido que demonstra oposição ao governo federal.
O deputado federal José Medeiros (Podemos) é uma das principais lideranças que articulam uma candidatura deste grupo, e apesar de insistir que é candidato ao Senado, já com o apoio declarado de Bolsonaro, o parlamentar vem sendo cotado também para assumir uma disputa contra Mendes. Medeiros, inclusive, vem fazendo uma oposição forte contra o chefe do Executivo.
Mesmo com tantos nomes no cardápio, Claudinei diz que ainda não tem o seu favorito. Perguntado sobre um possível apoio político a qualquer um deles, o parlamentar é categórico a dizer que seu apoio só vem depois das definições e que aguarda a resolução do imbróglio da fusão do PSL com o DEM para decidir o futuro.
“Não tenho proximidade com nenhum desses pré-candidatos, não falei com nenhum deles até o momento. Ainda não apoio ninguém enquanto não ocorrerem essas definições e essas articulações pra gente poder migrar para outro partido ou não” termina Claudinei.