O ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) demonstrou completa insatisfação com a fusão do DEM e PSL e já adiantou que pode acabar trocando de sigla, coisa que seria inédita na carreira do cacique, que pertence aos Democratas desde a época do Arena, partido da ditadura militar. Ele também não poupou críticas ao presidente nacional do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, por não dialogar com os filiados mais antigos.
Questionado se deve manter a candidatura para deputado estadual dentro do União Brasil, Júlio disse que o cenário é outro e vai analisar com calma. “No DEM estava como pré-candidato, mas com o União Brasil, eu não sei nem se vou ficar filiado, vamos aguardar para decidir qualquer coisa”, afirmou.
Júlio desde o ano passado já vinha anunciando a pré-candidatura de deputado estadual, único cargo que até hoje ele ainda não ocupou e iria concorrer na mesma chapa de Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco, agora com a fusão, a sigla conta com seis deputados em mandatos, o que acaba complicando a disputa. Apesar das ameaçadas de debandada do grupo bolsonarista.
O cacique ainda destacou que foi um “erro grave” de ACM Neto em tomar a decisão por conta própria, sem ouvir a base. “Nunca mandou um comunicado para nós fundadores do Democratas para saber se concordava, foi um gesto pessoal, da sua cúpula, Ele (ACM Neto) apenas comunicou que estava fundido e pode não dar certo”, afirmou.