O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), determinou o desconto no salário de sete policiais penais que se negaram a receber presos na cadeia pública de Campo Novo do Parecis, no último sábado (25). A decisão foi proferida nesta quinta-feira (30).
O fato foi relatado pelo Ministério Público Estadual, que pediu a aplicação de multa pela desobediência de decisão anterior.
Atendendo ao pedido, Sakamoto aplicou multa de 10 salários mínimos e, caso, não tenham dinheiro na conta, o valor será descontado diretamente na folha salarial, ao limite de 30% ao mês.
Sakamoto ainda considerou necessária a extensão da multa diária fixada para os dirigentes do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), no valor de R$ 50 mil, aos diretores regionais da entidade sindical requerida. Contudo, o bloqueio somente poderá ser realizado se for identificado descumprimento da determinação de retorno às atividades após a publicação desta decisão.
Decisões anteriores
Esta já é a quinta decisão da Justiça contrária à paralisação iniciada no dia 15 de dezembro. Na primeira, a greve foi considerada ilegale aplicada multa diária de R$ 100 mil para descumprimento.
Na segunda, foi determinada aplicação de multa aos diretores do sindicato no valor de R$ 500 mil e a multa de R$ 200 mil diária. Na terceira, os servidores também foram penalizados por aderir à greve e impedir a entrada de presos.
Na quarta, foi determinado o bloqueio de bens do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT) e dos dirigentes do sindicato.
A greve
O Sindspen deflagrou greve por tempo indeterminado. O posicionamento é uma resposta à proposta de 15,27% de reajuste salarial oferecida pelo governo.
Em 10 de dezembro, os policiais realizaram uma manifestação nos arredores da Penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá. Entre as exigências, a categoria pedia equidade salarial em relação às demais forças de segurança pública.
Com a proposta de 15% do governo, o salário iria para pouco mais de R$ 3.800, mas ainda não seria suficiente para a categoria, que alega estar em negociação há pelo menos 8 anos.
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