Em crítica à decisão da direção do PT em Mato Grosso, o deputado estadual Ludio Cabral avalia que o partido está atrasado nas discussões para as composições das chapas proporcionais e na escolha de um nome para candidatura ao governo de Mato Grosso. A indefinição se deve à decisão do diretório local em esperar a resolução do cenário nacional sobre a questão das federações. O tema ainda está em aberto.
“O partido aqui está na expectativa do que poderá acontecer em relação às federações. Eu defendo que independente dessa definição, nós temos que nos movimentar aqui no estado porque com o ou sem federação, é o PT quem terá a maior responsabilidade na montagem da chapa, tanto a chapa majoritária quanto a chapa proporcional. Nós temos candidato à presidente da República. Nós temos que avançar nesse processo, nesse amadurecimento interno sobre nomes em condições de nos representar na disputa na disputa majoritária”.
Ele voltou a defender a tese de que o PT deve lançar uma mulher para buscar a ser a primeira governadora de Mato Grosso. Dentro dos quadros do partido, ele diz que há pelo menos sete nomes que se enquadram nesse perfil de representar a legenda no debate eleitoral.
“O PT precisa abrir esse diálogo de forma mais objetiva, que queira constituir um grupo de trabalho eleitoral e chamar todos os potenciais nomes em condições de nos representar na disputa, para que amadureça o melhor nome pra cumprir essa tarefa. O PT está atrasado, na minha opinião”.
Lúdio descarta ser novamente o candidato ao governo pelo PT, diz que já cumpriu essa missão em 2014 e opta por se manter como candidato a um novo mandato na Assembleia Legislativa. Ele aponta o deputado estadual Valdir Barranco e a deputada federal Rosa Neide com mais condições de uma disputa majoritária. Além disso, cita nomes de lideranças no interior, como a professora Bia em Rondonópolis, para buscar candidatura.
“Há uma leitura dos coletivos dos mandatos de que é importante a manutenção dos mandatos. E eu tenho o dever de respeitar isso também. Agora, o PT tem quadros qualificados em condições de nos representar nas disputas eleitorais. E isso já aconteceu em várias ocasiões nomes que não eram nomes já consolidados do ponto de vista da disputa eleitoral se apresentaram e tiveram resultados importantes: Carlos Abicalil em 1998, Alexandre César em 2002 e eu em 2014”.
