Contrário a composição do ex-presidente Lula com o agronegócio, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defende candidatura do PT em Mato Grosso, mas com aliados de esquerda e centro como PSB, PV, PCdoB e Rede e construir um palanque legítimo a Lula. Ele não apoia nenhum dos possíveis nomes colocados ao Palácio Paiaguás. Nem Mauro Mendes (União Brasil) a quem ele classifica como bolsonarista light e o senador Wellington Fagundes (PL) de bolsonarismo raiz, pois é do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro.
“Eu enxergo três blocos em condições de disputa. O bolsonarismo raiz, que pode ter candidatura ao governo, e o bolsonarismo light que é representado pelo atual governador. Há um esforço de composição entre representantes do bolsonarismo e o atual governador pra que não haja disputa à direita. Também há um campo progressista, um campo popular de esquerda que tem que necessariamente ser ocupado pelo PT”.
Mesmo em um estado conservador, onde o PT nunca ganhou eleição, Lúdio é otimista e analisa que há chances de mudar a história. Ele lembra que em 2014, quando disputou eleição e perdeu para o ex-governador Pedro Taques, obteve 33% dos votos.
Em 2018, sem candidato próprio ao governo de Mato Grosso, o ex-candidato à presidente Fernando Haddad (PT) somou 35% dos votos no Estado. Com o fortalecimento da candidatura do ex-presidente Lula, ele diz que o partido tem o dever de buscar o protagonismo nas eleições gerais deste ano.
“Eu tenho cobrado de forma insistente desde o ano passado que nós aprofundássemos o debate sobre o projeto pras eleições deste ano. O PT em minha opinião tem duas tarefas que é fazer palanque legítimo pro Lula e apresentar um projeto pra governar Mato Grosso. Nós ainda não encontramos um nome com disposição pra cumprir essa tarefa e precisamos da minha opinião amadurecer isso”.
