A diretoria do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindispen-MT) aponta que a mensagem encaminhada pelo Executivo , que oferta reajuste salarial aos servidores do Detran e sistemas Penitenciário e Socioeducativo, não atende às expectativas da categoria. O argumento é que nem todas as classes da polícia penal são contempladas de forma justa.
Os servidores estiveram na Assembleia Legislativa nessa quinta-feira (31) para acompanhar a votação dos parlamentares. O pacote de reajustes estava em pauta, mas não foi apreciados. Em razão de inconsistências nos projetos, deputados montaram uma comissão e devem debater o tema junto ao governo ainda na manhã desta quinta. A expectativa é que isso ocorra antes das 10h, horário em que está prevista sessão extraordinária, marcada justamente para votar o pacote.
As propostas precisam ser votadas até esta sexta-feira (1º) devido ao prazo eleitoral. De acordo com a legislação, em ano de eleição, reajustes e aumentos salariais precisam ser sancionados, no máximo, até seis meses antes da eleição. Este prazo, este ano, encerra no sábado (2).
Presidente do Sindspen, Amaury Neves afirma que mesmo após várias rodadas de negociação com o governo do Estado, as reivindicações da categoria não foram ouvidas pelo Executivo na formulação dos reajustes, que na proposta atual contempla porcentagens diferentes para as classes.
“Fomos pegos de surpresa e ficamos sabendo que a mensagem enviada para a ALMT dá reajustes com porcentagens diferentes para cada classe. Isso pode criar um clima ruim entre os próprios colegas. O que se sabe é que a classe A, que representa os policiais penais novatos e conta com aproximadamente 150 servidores, receberá reajuste de algo em torno de 25%. Já a classe D, que conta com mais de dois mil servidores, terá aumento de aproximadamente 5%. Nessa categoria estão os policiais penais que atuam há mais de 20 anos, que com a proposta continuam desvalorizados pelo governo”, reclama.
O deputado estadual João Batista (PP) garante articular para que a proposta seja revista e atenda toda a categoria. “A distribuição conforme foi feita pelas classes é um absurdo, não fomos ouvidos e todas as orientações que passamos junto ao Sindspen-MT não foram atendidas e isso para nós não serve. Tudo foi feito pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) sem ouvir os mais interessados, vamos negociar para que todos sejam contemplados por igual, de forma linear, sem prejudicar nenhum policial penal”, argumenta.
Fazem parte da comissão especial o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) e os deputados Carlos Avalone (PSDB), Wilson Santos (PSD), Allan Kardec (PTB), João Batista (PP), Janaina Riva (MDB) e Dilmar Dal’Bosco (União).
Com assessoria
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