Neri alfineta adversário, diz que não age nos bastidores e conversas são republicanas
O deputado insinua que Fagundes vem agindo pelas costas, plantando pesquisas na mídia, além de manter reuniões escondidas para viabilizar sua candidatura à reeleição
Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia
A disputa ao Senado está cada vez mais acirrada entre o deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Wellington Fagundes (PL). Além da briga pela cadeira, ambos também estão disputando apoios e palanques, e Neri não perde a oportunidade de alfinetar o adversário ao dizer que não precisa agir nos bastidores e que mantém conversas republicanas, com transparência.
Com isto, o deputado insinua que Fagundes vem agindo pelas costas, plantando até pesquisas na mídia, além de manter reuniões escondidas para viabilizar sua candidatura à reeleição.
“Não preciso ficar de bastidor, as minhas conversas são abertas. Não tenho 'mamãe quero queijo'. As conversas, se eu tiver com o governador, eu falo. Se eu tiver com o presidente da República, eu falo. Eu tenho um projeto político e eu preciso ter transparência, e sou dessa dessa forma. Por que? Porque minhas conversas são republicanas. Por que eu transito em todos os lugares? Porque eu falo sim e falo não, e quando eu falo sim, eu cumpro. E se eu não puder, falo não também”, declarou Neri, logo após ser questionado sobre o encontro de Fagundes com o presidente do PP, ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Neri garantiu que é legítima uma reunião entre senador e ministro, mas adiantou que qualquer discussão partidária passa por ele e pelo ex-senador Blairo Maggi, uma das maiores lideranças do PP, e responsável pela candidatura do deputado ao Senado. Neri garante que as declarações não são no sentido pejorativo contra os outros, mas sim a favor dele.
Questionado sobre uma declaração recente de que o PP tem moral para ter o apoio do Bolsonaro, Neri ameniza e disse que não se referiu aos outros, mas reforça que trabalhou pelo atual governo, e alega que os eleitores saberão diferenciar quem fez ou não. “Numa disputa eleitoral, a própria sociedade reconhece isso. As pessoas sabem quem fez e quem não fez”, afirmou, utilizando de uma das fragilidade de Fagundes, que enfrenta resistência entre o eleitorado bolsonarista de Mato Grosso.
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