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Notícias / Política

26/04/2022 às 07:25

Defesa de Ester Tigresa vai recorrer ao diretório nacional do PT para garantir filiação

Atriz pornô teve filiação suspensa após repercussão do ato

Kamilla Arruda

Defesa de Ester Tigresa vai recorrer ao diretório nacional do PT para garantir filiação

Foto: Reprodução/Facebook

O advogado Paulo Lemos, que patrocina a defesa da atriz de filmes adultos, Ester Caroline Perralto, conhecida como “Tigresa Vip”, vai ingressar com recurso junto ao diretório nacional do PT para garantir a reforma da decisão dos dirigentes do Diretório Estadual, que não aceitaram a filiação dela, impedindo assim uma futura candidatura à Assembleia Legislativa.
 
“Há total regularidade da filiação da Ester, tendo se submetido às formalidades, respeitado os prazos e recebido sua Carteira de Filiação, com número de inscrição perante o PT, dado pelo próprio sistema virtual do partido, onde milhares de pessoas se filiam”, argumentou o advogado em nota.
 
Ela chegou a se filiar ao partido no dia 18 de abril, mas a filiação foi suspensa quatro dias depois, após polêmica criada em torno de uma atriz de filme pornô caseiro ser filiada ao partido e, mais tarde, uma possível candidata.
 
Em nota assinada pelo deputado estadual Valdir Barranco, presidente estadual do PT, ele diz que o presidente do diretório municipal de Barão de Melgaço desconhecia a filiação da atriz. A decisão de suspender a filiação dela foi por 9 votos, um contrário e duas abstenções.
 
Filiados ao PT como o deputado Ludio Cabral, a vereadora por Cuiabá Edna Sampaio e a deputada federal Rosa Neide defendem que o diretório reveja a decisão de mantenha a filiação da atriz na legenda.
 
Para Ludio, o posicionamento da agremiação petista foi preconceituoso. “Eu não consigo entender o tamanho dessa repercussão em torno de um pedido de filiação. Acho que isso fica para a reflexão de todos. Minha percepção é que nós vivemos em uma sociedade que é conservadora que tem preconceito, e a própria repercussão reflete isso”, disparou sobre o caso na quarta-feira (20), antes da desfiliação.
 
Já Edna Sampaio afirma que o posicionamento do partido causou estranheza, uma vez que o sigla é reconhecida pela sociedade como um partido inclusivo, de defesa das mulheres e da classe trabalhadora. 
 
“Não somos moralistas e sabemos que cada um inventa e reinventa os modos de sobreviver em uma sociedade tão desigual. Deixemos o moralismo e a exclusão para quem sempre nos tratou assim. O PT é um espaço democrático. Estamos no partido para lutar para que ele siga sendo a representação da classe trabalhadora, sem discriminação e preconceito. O PT é o partido que defende as mulheres e vai continuar sendo, se depender de nós”, disse ela.
 
Rosa Neide diz que não acredita que o ingresso de Ester no partido tenha sido  barrado por conta da atividade profissional que ela exerce.
 
“No PT as pessoas entram, fazem militância, formação e depois se apresentam como candidatos. Eu não vejo que é pelo que ela faz que é o problema. Foi a forma, a metodologia, e isso pode ser corrigido tranquilamente”, finalizou.
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