O Projeto de Lei nº 5925/2022 do Executivo Municipal, que estabelece reajuste salarial de 3,7% aos profissionais da Educação de Cuiabá, foi aprovado em votação única por 22 votos em sessão realizada nesta terça-feira (26), na Câmara Municipal. Antes, o parecer favorável também foi aprovado por 20 votos. O reajuste é relativo ao ano de 2019.
Estiveram ausentes na sessão os vereadores Juca do Guaraná (MDB) e Eduardo Magalhães (Republicanos).
O vereador de Cuiabá, Diego Guimarães (Republicanos), apesar de ter votado a favor da matéria, se mostrou insatisfeito com o valor proposto pelo Executivo, e afirmou que o reajuste oferecido à categoria não condiz com o índice de inflação do ano, que, segundo ele, foi de 4,3%.
“Os nossos professores estão perdendo poder de compra. Orçamento tem, dinheiro tem, mas parece que a gestão que se diz humanizada e prometeu olhar com muito carinho aos servidores públicos, está fazendo exatamente ao contrário depois que foi reeleito”, criticou o republicano.
Já o vereador Adevair Cabral (PTB), liderança da Prefeitura na Casa, discordou do posicionamento de Diego e alegou que o valor de 3,7% seria de ganho real, não recomposição. De acordo com o parlamentar, a recomposição salarial teria sido feita em janeiro, quando quase 10% de RGA foi pago aos profissionais da Educação Municipal.
Por fim, o vereador sargento Joelson (PSB) queixou-se acerca da celeridade aplicada ao projeto em questão, pois a matéria teria sido entregue ao Legislativo em 11 de abril deste ano, e 15 dias depois já teria recebido parecer das Comissões da Câmara e em pauta da sessão.
“Nós temos um projeto da própria Educação, que tranquiliza todos os 10 mil servidores do município de Cuiabá, da Educação, que está aqui desde novembro e não é votado. O servidor público precisa cobrar dos 25 vereadores aqui, não sei onde está parado isso, quem está segurando”.
“Mas eu digo uma coisa para o servidor público municipal da Educação: vocês não se assustem se o Executivo retirar esse projeto daqui. Porque tem cinco meses que está aqui, eu não entendo porque não vota. É porque tem emenda? Se tem emendas, é porque as categorias não foram atendidas na sua totalidade. Então, essa discussão nós precisamos fazer”, acrescentou o parlamentar.