O deputado estadual Carlos Avallone, presidente do PSDB em Mato Grosso, não faz questão de esconder o seu descontentamento com o fato de o ex-governador João Doria (PSDB) ter recuado da disputa à presidência da República. Para o parlamentar tucano, a resistência de parte dos correligionários inviabilizou o projeto de candidatura própria e culminou na desistência de Doria.
“Eu acho que essa parte do PSDB ainda não está resolvida definitivamente. Ele [Doria] recusou e fez isso porque as forças internas do PSDB trabalhavam em situações bem diferentes. Havia uma divisão dentro do PSDB, todo mundo sabia, e isso acabou inviabilizando a candidatura de quem venceu as prévias”, avaliou Avallone, classificando a situação como “desagradável”.
A tendência agora é que a agremiação apoie a pré-candidatura da senadora Simone Tabet (MDB) à presidente da República, tendo em vista a federação que foi firmada entre o MDB, PSDB e Cidadania.
A emedebista, inclusive, esteve em Cuiabá nesta segunda-feira (23). Para ela, o recuo do pré-candidato tucano representa “grandeza e generosidade” em prol de um projeto maior que é a “reconstrução do Brasil”.
“Eu tenho pelo João Doria a mais profunda amizade, somos colegas e amigos. Estávamos em uma disputa equilibrada, democrática, em que conversávamos frequentemente e sempre num alto nível. Só tenho a agradecer a grandeza e generosidade do governador, de perceber que o momento é de união e que temos que estar os três partidos MDB, PSDB, e Cidadania dentro dessa frente democrática para que possamos, a partir de então, buscarmos outros parceiros para esse grande projeto de reconstrução do Brasil”, enfatizou.