A notícia de que está frágil a saúde da primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, fez o clima da política mato-grossense nublar. Se por um lado o governador Mauro Mendes (União) neutralizou o surgimento de pré-candidatos adversários com capilaridade eleitoral, ele também sempre deixou claro que “sem paz em casa, um homem não consegue trabalhar”.
Por enquanto, os aliados estão focados em torcer pela melhora da primeira-dama e ninguém discute em voz alta a necessidade de discutir um “plano B” para as eleições de 2022, mas in off assumem que retornaram as dúvidas de que se realmente Mauro Mendes será candidato à reeleição.
O próprio governador nunca se intitulou pré-candidato, mas sim “construtor de um projeto de candidatura que passa por uma decisão familiar”. Dessa forma, a saúde de Virginia é fator decisivo para ele decidir ser realmente candidato.
Por enquanto não há confirmação oficial de qual o diagnóstico de Virginia, mas a confirmação de que Mauro sairá de licença para acompanhar o tratamento da esposa e as seguidas falas sobre “não estar pronto para falar sobre o assunto” indicam se tratar de caso grave.
Vale lembrar que Mauro passa a imagem de homem muito ligado à família e que escuta a esposa para todas decisões importantes da vida. Além disso, em 2016 ele teria recuado do projeto de reeleição como prefeito de Cuiabá a pedido dela, para voltar a se dedicar a família e às empresas privadas.
Nomes dentro do União
Por densidade eleitoral, o senador Jayme Campos e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho, são nomes naturais do União Brasil para assumir o mando de pré-candidato a governador.
Contudo, outra imagem consolidada de Mauro Mendes é a do preciosista com o próprio trabalho. Em várias ocasiões ele repetiu que “é muito fácil todo trabalho de recuperação fiscal de Mato Grosso ir água abaixo nas mãos erradas”.
Nesse sentido, outros nomes estão à frente na preferência do governador como os de Fábio Garcia, Mauro Carvalho e Gilberto Figueiredo.