Diante de uma aproximação, via cúpula nacional, do Progressista (PP) com o Partido dos Trabalhadores (PT) para buscar uma aliança em Mato Grosso que contemple a candidatura ao Senado do deputado federal Neri Geller (PP) e da ampliação do grupo pró-Lula, a cúpula do Partido Verde no estado já mandou recado às siglas da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB): não abre mão da candidatura da primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) ao Senado.
De acordo com duas fontes do Partido Verde, a pré-candidatura de Márcia Pinheiro está consolidada e a expectativa eleitoral dela é melhor que a do deputado Neri Geller por ser possível uma associação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com eles, a associação de Márcia com Lula deve garantir a ela, de início, cerca de 15% das intenções de votos.
Eles ainda argumentam que os acenos de Neri Geller aos grupos bolsonaristas, como as declarações de que trabalhou pela aprovação das pautas do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o fato de o presidente Nacional do PP, Ciro Nogueira, ser ministro da Casa Civil do Governo Federal, dificulta essa mesma associação entre o deputado federal do Progressista com Lula.
Chapa da Federação
A provável escolhida para carregar o nome de Lula em Mato Grosso como candidata ao governo é a professora Maria Lúcia Cavalli Neder, ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso.
Já ao Senado, o PT apresentou o nome da militante histórica Enelinda Scala, professora e sanfoneira; enquanto o PV indicou a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro. A filiada do PV estaria na frente nas discussões por aparecer com melhor pontuação em pesquisas internas.