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Notícias / Política

11/07/2022 às 08:33

Paccola levou menos de dois minutos entre descer do carro e matar servidor

Ele afirma que atirou nas costas para impedir que Japão matasse a namorada

Jardel P. Arruda e Alline Marques

Paccola levou menos de dois minutos entre descer do carro e matar servidor

Foto: Reprodução

Levou menos de dois minutos o conjunto de ações do vereador Marcos Paccola (Republicanos) entre descer do carro para observar uma confusão e então matar com tiros pelas costas o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41, no dia 1º deste mês. Conforme os registros de uma das câmeras de vigilância que captam o ocorrido, Paccola desce do carro às 19h15 e às 19h16 ele dispara contra o servidor.

De acordo com as imagens, Paccola desce do carro e se posiciona atrás de uma grade, próximo da esquina da Avenida Filinto Muller com a Rua Presidente Arthur Bernardes. O agente, Alexandre “Japão”, estava na Presidente Arthur Bernardes, onde a namorada havia estacionado o carro após adentrar na contramão. 


 

Após Japão sacar um objeto e o erguer, possivelmente a arma de fogo, e sair andando em direção ao carro, atrás da namorada, Paccola vira a esquina a efetua os disparos enquanto se movimenta. De acordo com o vereador, que é tenente-coronel da Polícia Militar, os disparos foram feitos porque Japão fez menção de virar armado, ao invés de diminuir a silhueta e largar a arma. Ele afirma que o objetivo da ação foi impedir que Japão matasse a namorada.

Investigação

O delegado Hércules Batista Gonçalves afirma que a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) deve concluir a investigação sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa em 30 dias. Apesar de Paccola ser policial da reserva, o integrante da polícia civil fez questão de garantir que isso não influenciará no trabalho desenvolvido pela DHPP.

"O trabalho da DHPP está sendo desenvolvido de forma técnica, sem adentrar em paixão, sem adentrar em outras visões. Cabe à instituição cumprir o seu papel. À DHPP, incumbe a ela definir a autoria e materialidade do homicídio, e o que aconteceu lá foi um homicídio e é sobre esse homicídio que o trabalho está se desenvovlendo", disse.

Por sua vez, o Ministério Público acompanha a investigação com quatro promotores de Justiça, Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, Samuel Frungilo e Vinicius Gahyva Martins.

Comissão de Ética

A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá deve se posicionar até a segunda-feira (11) sobre a representação de autoria da vereadora Edna Sampaio (PT), a qual pede o afastamento e a cassação do mandato do também vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos).
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