O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná (MDB), afirma que a Mesa Diretora tem atuado com cautela no caso referente ao vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), tendo em vista que não há no Regimento Interno embasamento expresso sobre a atuação do Parlamento em casos como este.
“Tudo é muito novo para nós, nunca houve um assassinato vindo de um vereador. Então, tudo é novo, não tem tipificado no nosso Regimento Interno”, disse o emedebista.
O parlamentar matou a tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa no último dia 1º. O fato fez com que a vereadora Edna Sampaio (PT) apresentasse uma representação solicitando o afastamento cautelar de Paccola do cargo, e ainda a cassação do mandato dele.
“A cautela faz parte, porque é tudo muito novo. Nós passamos dias conversando sobre isso. É um assunto muito polêmico, que nós não gostaríamos de estar tratando nesta Casa, mas temos que tratar”, completou.
As declarações do parlamentar referem-se ao fato de a votação do pedido de afastamento de Paccola, que estava marcada para a quinta-feira (14), ter sido adiada devido ao requerimento, aprovado por maioria, apresentado pelo vereador Sargento Vidal (MDB), o qual pede o encaminhamento do pedido para a Comissão de Constituição Justiça e Redação.
Com isso, o afastamento só volta a ser remetido ao crivo do plenário no início de agosto. Isso, porque o Parlamento municipal entra em recesso a partir desta segunda-feira (18).
“Assim que tiver a primeira sessão daremos o encaminhamento. Lembrando também que o delegado disse que dentro de 20 dias vai estaria encerrando o inquérito, já passou 10 dias, então isso vem a corroborar com o fechamento do inquérito”, finalizou Juca.