O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) não poupou críticas à postura da vereadora Edna Sampaio (PT), que requereu o afastamento e a perda de mandato dele por quebra de decoro parlamentar.
Autor dos três disparos, pelas costas, que tiraram a vida do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41, no dia 1º deste mês, Paccola afirma à imprensa que Edna se comporta como “urubu de cadáver”. Para o vereador, ela estaria utilizando de uma tragédia para se promover politicamente, uma vez que deve concorrer ao cargo de deputada federal na eleição deste ano.
“A única pessoa que se utilizou dessa tragédia, se comportando como urubu de cadáver foi a vereadora Edna. O que ela fez é algo repugnante perante uma tragédia que não tem nenhuma ligação com minha atividade política, foi única e exclusivamente pelo meu dever de ser policial. E pegar quilo para transformar em um fato político e ainda polarizando na questão dos presidenciáveis”, comenta.
Na tribuna, Paccola reiterou o posicionamento de que atuou como policial militar, cumprindo seu juramento. Disse que agiu no estrito cumprimento do dever legal e que após o ocorrido foi "tomado de um profundo sentimento de tristeza ao saber que todas as circunstâncias foram geradas por uma pessoa que, assim como eu, tinha o dever legal de cumprir as leis”.
A vereadora Edna rebateu as declarações de Paccola. Avalia que o colega de Parlamento ele fez um projeto político mal sucedido, "porque culminou no assassinato".
"Foi uma atuação com fundo político, uma narrativa de herói, como se tivéssemos num filme, e ainda continua, para minha indignação, atacando a imagem da vítima. Pra mim, é totalmente inaceitável o que está acontecendo aqui. É melhor ser um urubu que limpa a sujeita do mundo, do que ser o assassino que produz o cadáver”, finalizou.
