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Notícias / Entrevista da Semana

21/08/2022 às 08:00

​Deus, Pátria, Família e Meio Ambiente: Conheça o candidato ao Senado da Assembleia de Deus

Vereador é primeiro candidato majoritário apoiado pela igreja em Mato Grosso, mas origem pobre o faz fugir de estereótipo

Jardel P. Arruda e Alline Marques

Apague da sua imaginação a figura estereotipada de um bolsonarista anti-ambientalista, contra a taxação dos ricos e contra politicas de distribuição de renda. 

Sim, o candidato ao Senado vereador Kássio Coelho (Patriota) é conservador, de direita e evangélico, primeiro candidato majoritário apoiado pela Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Estado de Mato Grosso (Comademat), e defensor da máxima “Deus, pátria e família”, mas ele defende políticas de distribuição de renda e poderia adicionar mais um termo para ter um lema pessoal: Meio Ambiente. 

Depois de crescer às margens do Rio Cuiabá, ganhar a vida e sustentar a família como pescador, vendo com os próprios olhos a mudança do rio e o quanto os cursos d'água de Mato Grosso tem sofrido com despejo de lixo industrial e esgoto, ele entendeu a necessidade de proteger o rio e meio ambiente como um todo para garantir um futuro sustentável à população e é issa a pauta que ele quer defender no Senado Federal.

E se pautas como a facilitação da posse de armas e ser uma voz da Frente Parlamentar Evangélica é o ponto inicial sobre ser senador, Kássio também quer focar na geração de emprego, na luta por programas de distribuição de renda e melhora de serviços básicos para os mais pobres. 

Leiagora - Temos outros candidatos ao Senado com bandeiras principais bem delimitadas, principalmente em relação ao agronegócio. E você, Kássio, qual bandeira quer defender, qual sua identidade como candidato ao Senado?

Kássio Coelho - O meio ambiente. Essa é minha pauta principal. E vou ser bem específico, o Rio Cuiabá. 

Leiagora - Na Câmara de Cuiabá você já discutiu muito esse assunto…

Kássio Coelho - Sou presidente da Comissão de Meio Ambiente, apresentei relatório favorável à não construção das PCH. E acho que como senador eu posso barrar a construção dessas PCHs. E se eu for para lá você pode escrever, não abro mão, vou lutar para ser presidente da Comissão de Meio Ambiente já no primeiro semestre.

Sou contra as concessões desgovernadas em Cuiabá. Estão acabando com as nascentes. Tem uma previsão de cinco para acabar o Rio dos Peixes. Se Cuiabá não tiver um trabalho de recuperação, não tem como.   
 
Desci o Rio Cuiabá para lançar minha campanha e quando me deparei com a situação da praia da Passagem da Conceição, que eu conheço há mais de 30 anos… Aquilo é um crime, estão acabando com tudo. O rio vai acabar. Daqui 30 anos não tem mais nada. 


Leiagora - As pessoas esquecem que é um recurso limitado.

Kássio Coelho - Ponto, essa é a palavra chave. Às vezes não consigo colocar as palavras que precisam ser colocadas. Minha fala é simples, eu não tenho estudo, mas eu sei o que é certo e o que é errado. E outra, a gente tem equipe, né?

Eu tenho um cara que anda comigo que é economista, é doutorado, foi secretário de Silval (Barbosa), secretário de Blairo Maggi, um dos melhores economistas. Eu tenho uma equipe técnica bem boa. Não adianta falar bonito, subir no saco de milho, de algodão… Eu não vou fazer isso, não tenho essa personalidade.

Eu sou um cara que mora em um bairro em que as pessoas vivem com 200 reais por mês,  sem asfalto, um bairro simples, um bairro humilde. Eu quero representar essas pessoas. Eu sou do Ribeirão da Ponte. Moro lá há 37, na rua tradicional Vitorino de Morães.


Leiagora Quando a gente fala em candidatura para o Senado a discussão é mais ampla. não pode ficar somente no Rio Cuiabá, que é uma questão muito local. O que mais você teria para falar, quais pautas levantar na Comissão de Meio Ambiente no Senado?

Kássio Coelho - Vou falar sobre o Estado, os rios Teles Pires, Juruena, Rio Vermelho, as nossas nascentes, nossas margens. Precisamos de leis mais duras, mais firmes. Nós não queremos impedir o crescimento do estado, do produtor, o que nós queremos é reduzir uma regalias que existem. Por exemplo, aqui em Cuiabá nós temos um posto de gasolina construído a 150 metros de uma creche e a 80 metros da margem de um córrego. São coisas com as quais estamos preocupados e ninguém está se importando, ninguém está respeitando.

Nós fizemos um trabalho no ano passado e tiramos 5 toneladas de lixo do córrego Ribeirão da Ponte. Nós fizemos uma ação no Porto, e se você for lá com 100 pessoas, ainda assim ninguém consegue limpar. Quando vem a enchente, pega as marmitas, lixo, garrafas e o rio leva tudo para as baias de Siá Mariana, Chacororé. Nós precisamos de um cuidado especial com as nossas baías. Não só em Mato Grosso, mas em todo Brasil.

E para falar de outra coisa, tenho um projeto para fazer concursos para os tribunais de contas e acabar com as indicações políticas, normalmente de políticos em fim de carreira, que são mandados para ficar lá até 70 anos. Para conseguir aprovar isso é preciso ter um trânsito bom com os colegas, ser articulado, bom de diálogo. 


Leiagora E sobre a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal?

Kássio Coelho - Ah, eu sou contra a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal. Sei que isso pode trazer prejuízos para Mato Grosso, mas quero estudar mais ainda sobre o assunto, aprofundar mais. 

E aproveito para dizer o seguinte, quando eu cheguei em Cuiabá eu mal sabia o que o vereador fazia. Sabia por cima que o vereador fiscaliza, sabia de algumas leis. Com 15 dias de eleito dominei o conhecimento da Casa. Quase virei presidente da Câmara de Vereadores, perdi apenas um voto. Estou como presidente da Comissão de Meio Ambiente, Causa Animal e Transporte, e também estou na Comissão de Ética. O único novato na Comissão de Ética, e isso é porque tenho um diálogo muito bom com meus colegas.

Então sobre aprofundar na questão da Amazônia Legal, a área ambiental que eu amo e quero me dedicar exclusivamente a ela nos primeiros 4 anos de mandato, e tudo o que eu vou fazer eu vou discutir muito, me aprofundar muito. Hoje falei com Ocemário (economista), para sentar e discutir, definir nossa pauta econômica, tributária, previdênciária.

Vamos nos dedicar muito, estudar, avançar, tomar cuidado também porque são pautas polêmicas e a gente mexe com muitas pessoas. Nessa área ambiental, Amazônia legal, por exemplo, tem a região de Juína para cima que tem muita madeireira, é uma região muito rica. 

Tem a Região do Araguaia, lá alagava muito os campos e atualmente não mais alagamento na região do Araguaia, quase não tem água. Fui lá de avião em 2018 e voltei por terra agora, de carro. Já chegou a soja, o algodão, o milho, está chegando a cana. 

Nosso estado está em um ritmo acelerado. Indo mais além, acredito que o agro não precisa de representante, ele cresce naturalmente. Agora essas riquezas tem que ficar com a gente.


Leiagora Você se coloca como um contraponto aos candidatos do agro?

Kássio Coelho - Não, acredito que não. Eu atendo todos os segmentos. Eu sou vereador de Cuiabá, mas atendo todos os segmentos. Olha só, eu estive em Peixoto, e me falar que lá vai ser a nova capital do agro, que vai desbravar uma nova área para plantio. E o que eu puder fazer para dar apoio, vou fazer. 

Mas nós não podemos esquecer de Cuiabá, que não tem um senador. Várzea Grande tem um senador, Lucas do Rio Verde tem um senador, Rondonópolis tem um senador. Por que não pode sair um vereador direto para senador? E por que não posso ser o primeiro evangélico, de Mato Grosso, no Senado?


Leiagora Você é um candidato que traz essa representatividade evangélica, mas tem outros candidatos que se colocam como conservadores, como o Galvan. Isso não vai causar uma divisão de votos? 

Kássio Coelho - Dentro dos evangélicos, não. 


Leiagora  Acredita que os evangélicos estão 100% fechados com você?

Kássio Coelho - Não tem 100%, mas o evangélico crente que ora às 5h da manhã não vota nesses outros candidatos. Eles votam no crente. Eu sou obreiro de Assembleia de Deus, cumpro com todas minhas funções, sou diácono, sou membro credenciado, estou debaixo da maior convenção da Assembleia de Deus que é a Comademat e tem mais outras 17 convenções. Eu carrego uma responsabilidade nas minhas costas. E quando você fala de igreja, eu conheço. Eu convivo, sou porteiro de uma igreja, sou diácono de uma igreja, eu sirvo os pastores. 

O Galvan não entra nos votos da igreja. Nós somos conservadores, respeitamos o primeiro casamento, estou 20 casado com minha esposa, não quero entrar muito nesse assunto para não parecer uma crítica pessoal. Somos conservadores, defendemos a família, somos 100% Deus, Pátrias e Família, o Patriota é um partido de direita, eu estou como presidente do Patriota. Nossos candidatos todos são Deus, Pátria e Família, e 100% nossos canidatos são Bolsonaro. Eu não fico falando dele porque meu publico já é dele. Meus eleitores já vão votar nele. E ele está lá com meu voto. Votei nele no primeiro e segundo turno. Eles, acredito que nenhum desses outros votaram nele (Bolsonaro) no primeiro e segundo turno. Você vai pegar a linhagem dele e você vai ver, PDT, ou era base do PT, então assim, não quero entrar no embate da divisão de voto porque no nosso segmento não tem divisão.


Leiagora E quem a igreja apoia?

Kássio Coelho - Para deputado estadual a igreja tem o Sebastião Rezende, que está cinco mandato ganhando eleições sem precisar aparecer nas pesquisas. Ele é muito atuante, tem um trabalho prestado na nossa igreja muito forte, na Assembleia Legislativa tem um posicionamento bem conservador, um excelente deputado. E para federal nós temos dois nomes, o do Victório Galli e o do Abílio Brunini. 

E o meu nome foi homologado como senador. O primeiro candidato majoritário da história da Assembleia de Deus no Mato Grosso. Já tem 80 anos que ela está aqui. Inclusive tenho uma carta que mostra que só tem nós quatro como candidatos aprovados pela convenção. Fora disso, é fake news.


Leiagora E ao governo, não tem nenhum candidato para ser apoiado?

Kássio Coelho - Para governo nós não vamos apoiar ninguém. Eu só vou onde a direção falar. A direção falou que eu tenho toda autonomia do Patriota para apoiar quem eu quero, nós temos uma chapa construída para eleger dois estaduais e um deputado federal, montaos chapa completa, 25 estaduais e 9 federais.


Leiagora Normalmente o eleitor bolsonarista vai contra os ambientalistas e você é um defensor da causa ambiental. Como fica isso?

Kássio Coelho - Eu amo essa causa. Se você olhar meu mandato de vereador, acabamos de entregar a reforma da Central Funerária, estamos avançando para os cemitérios de Cuiabá serem os melhores do Centro Oeste - porque isso cria um grande impacto ambiental positivo.


Leiagora Mas você acha que o eleitor bolsonarista vai compreender que você está alinhado a ele?

Kássio Coelho - Acredito que sim porque o eleitor do bolsonaro é o eleitor evangélico. Quem tem compromisso com a obra de Deus não vai de deixar de votar em mim. Eu fui criado na beira do Rio Cuiabá, eu amo essa causa.


Leiagora E dentro da sua igreja, tem uma boa recepção as suas pautas?

Kássio Coelho - Sim! Somos uma igreja muito organizada. Tenho 18 convenções me apoiando e não fico usando o nome delas porque não preciso disso. Acredito que o compromisso firmado, está firmado. Minha aceitação, na Assembleia de Deus, é 100%. Não vou falar nem 99%, é 100%. Sou o primeiro candidato majoritário da história. Isso sem falar das outras convenções. 


Leiagora Vamos falar de tempo de divulgação. Você terá 10 segundos para falar na rádio e na televisão. Como você vai conversar com o público?

Kássio Coelho - Boa pergunta, muito inteligente. Quando estava vindo para cá me mandaram uma matéria sobre o tempo de TV e me falaram que vou ter 10 segundos para gritar. Meu nome é Enéas! (risos). Sou admirador do Enéas.

Mas então, as pessoas precisam saber que sou candidato. Eu sou candidato simples, uma pessoa que mora em lugar simples, não tenho estrutura, não tenho falado por trás. Meu avião é o seguinte, é o bom nome de quem  me liga declarando apoio espontâneo, mais de 100 vereadores que me apoiam, só da nossa igreja são mais de 80 vereadores, são os 15 vice-prefeitos. 

E eu acredito que a internet vai me ajudar muito. Eu ainda não estou explorando ainda porque não sei mexer muito nele (risos). Tem que ser realista. (risos). Já comprei um celular bom, to pagando as parcelas, mas tá aqui. (risos). 

As lideranças vão me ajudar muito. Eu estou recebendo muito apoio e acredito que com essas lideranças vou ter uma eleição muito competitiva. 

Tive a oportunidade de coordenar três campanhas de prefeito, tive oportunidade de coordenar três de deputados, trabalhei 10 anos na Assembleia Legislativa, 6 anos na Câmara,fui chefe de gabinete de deputado, de vereador… Então eu conheço todo o trâmite, sei da dificuldade. 


Leiagora E mesmo sabendo da dificuldade, decidiu sair candidato?

Kássio Coelho - Se eu não saísse candidato, Cuiabá não teria candidato. Estou dando uma opção de voto aos cuiabanos. Mas aí tem um problema: eu conheço o estado todo. De Colniza a Comodoro, de Vila Rica a Alto Araguaia, nos quatro cantos eu já estive no estado, eu tenho gente. 

As pessoas olham para a gente e, pelo nosso tamanho, elas acabam se desfazendo da gente. Eu não aparecia em nenhuma pesquisa e eu ganhei as eleições para vereador. Ninguém me conhecia. Agora o trabalho que estou fazendo, dentro do segmento (religioso), e estamos conversando com mais 5 convenções. Se a gente alinhar, eu vou ser sincero, vou ganhar as eleições com tranquilidade.


Leiagora Está otimista, com fé.

Kássio Coelho - Não é otimista não. Eu vou te citar um versículo, Genesis 37: 19, quando José ia se aproximando dos seus irmãos e todos pararam e falaram “Lá vem o sonhador”. Então você tem que sonhar, tem que ter fé, tem que acreditar que pode vencer. Se você pegar eu na beira do Rio Cuiabá, pescando, eu sustentava minha família com o peixe, eu sou da construção civil, sou pedreiro e não tenho vergonha. Eu não tenho vergonha de quem eu sou. Sou aquela pessoa que quando você precisar, você vai ter meu ombro.

Deus vai direcionando. Se eu não for eleito, se daqui quatro anos eu não for à reeleição, eu vou voltar para minha família. Hoje eu ando em uma caminhonete, que tem algumas prestações, mas é normal, a minha casa que, antes entrava água na enchente, eu derrubei e construí outra. Minhas filhas tem um banheiro só delas para usar, tem seu próprio quarto, nós não dormimos mais embolados. 
Nem a família de José acreditou em José, mas ele virou governador do Egito. Então eu deixo esse versículo para todas as pessoas refletirem. Por que não? Por que você não pode? Por que as pessoas não podem?


Leiagora Vamos fazer algumas perguntas agora que vamos repetir a todos os candidatos. Qual sua opinião sobre o aborto?

Kássio Coelho - Sou contra. Completamente contra. 100% contra.


Leiagora - Reforma tributária, qual sua posição sobre isso? 

Kássio Coelho - O Brasil precisa disso. Vamos fazer o melhor para o Brasil. Eu defendo o imposto único, vou defender isso, debater essa pauta lá. 


Leiagora E sobre a taxação dos ricos, das grandes fortunas?

Kássio Coelho - É muito desleal, né? Eu moro em um bairro que não tem nada. Aí do lado tem o Santa Rosa, ali você já vê a diferença. É preciso equilibrar a balança para o menos favorecido. Eu penso assim, parabéns para quem conquistou, que Deus abençoe, mas precisamos equilibrar isso.

E eu tenho alguns projetos que estão parados, precisamos gerar emprego e renda. Temos que trazer a Tigre, a Mabel, as indústrias Ortobom, trazer o Seasa municipal para dentro da região da Guia, do Sucuri. Gerar emprego, tem muita gente desempregada.

E na questão da economia, tem o Oscemário Daltro, que eu já falei com ele, quero ele em Brasilia comigo. Ele é economista, é muito culto, muito preparado. Então assim, nós somos bom para ouvir. Eu ouço bastante e quero atuar dessa forma. 


Leiagora Auxílio Brasil, Bolsa Família, programas de transferência de renda. Você é contra ou a favor?

Kássio Coelho - Tem ajudado muita gente. Eu sou a favor. Eu já recebi Bolsa Família, quando casei com minha esposa, no começo, nós não conseguimos pagar o gás, outras contas. Isso ajuda muito. 

E outra, nós temos um problema muito grande no brasil. Precisamos melhorar a educação no Brasil, porque isso muda a vida das pessoas, até para ela saber como se alimentar melhor.

Eu não estudei, fiquei mais de ano no Chopão cuidando de carro, fui o primeiro vendedor de algodão doce no Goiabeiras, fui engraxate de sapato, porque nós tivemos uma infância muito pobre. Tinha um ringue de briga de galo, nós esperávamos morrer um dos galo para comer o galo com batatas. É a realidade, não tenho vergonha. morei 9 anos em um barraco de tábua no Ribeirão da Ponte. Por que quando abre a urna lá eu tenho mil votos lá? Porque me conhecem,eu sou isso aqui. Tem uns contra lá que ficam todo dia me criticando, fica. Acabei de colocar R$ 900 mil em emenda para construir uma Unidade Básica de Saúde (UBS) lá que vai funcionar até às 22h. Não lançamos a obra por causa da eleição. Estamos com centro de convivencia social licitado já para começar no Colorado. Está asfaltando 100% meu bairro. 

Eu não tenho ninguém da minha família na prefeitura, ninguém no Estado, ninguém no partido, porque o partido tem recurso.


Leiagora Qual o valor do fundo do Patriota para as eleições?

Kássio Coelho - São R$ 2,3 milhões para os deputados federais. Senador não tem recurso. Eu to conversando ainda com a Nacional para vir um pouquinho para pagar os materiais de campanha. Eu ainda não consegui colocar o pé na rua. Eu precisava de R$ 950 mil para executar um planejamento com chave de ouro. Eu não vou receber doação de ninguém, não vou fazer conchavo com ninguém. 

E eu quero dizer o seguinte: eu não vou decepcionar, como não decepcionei como senador.


Leiagora Reforma da Previdência. Estão discutindo uma possível mudança para a própria gestão, qual a sua opinião sobre isso?

Kássio Coelho - Olha, não dá para ter a taxação de quem já está aposentado. Não dá, não dá. Tem o gás, tem medicamentos. Vou dar um exemplo de onde eu moro, lá tem a dona Marília, que pagava R$ 90 de água. Aí colocaram o esgoto e foi apra R$ 180, Aí queriam colocar a taxa do lixo junto, ia subir para, não sei, talvez R$ 190. Já pensou se corta a água dela porque ela não tem mais dinheiro para pagar essa conta por causa de R$ 10? O povo não aguenta mais, não tem como. Precisamos dar incentivo às pessoas.

Mas, de forma geral, ainda não tenho uma proposta. A maioria das minhas decisões vai ser trabalhar com a Frente Parlamentar Evangélica. Vou ouvir muito eles. 


Leiagora E o Estado consegue funcionar se reduzir essas taxações, esses impostos?

Kássio Coelho - Nós temos um estado muito rico. Aí você vê aí a briga da fila do ossinho, em que o estado joga culpa pro município, o município joga pro Estado. mas você tem aí a bacia leiteira, você tem Colniza como a capital do Café, Juara e Juína com o boi de corte, nós temos muita riqueza, muito gado, muita produção do agro. Aí você pega essas diferenças econômicas

Eu já estive em fila para pegar alimento, cesta básica. Eu e meu irmão, que já faleceu, íamos às 5h da manhã ao mercado municipal para pegar os legumes, e verdura amanhecida, para pegar o que tinha lá. Quantas vezes nós pegamos uma sacolinha e pegamos um tomate até murcho. 

Mas tudo é providência de Deus. Se não for eu, que Deus possa levantar as pessoas certas, se não for eu que seja uma pessoa que olhe para essa população. 


Leiagora E qual sua opinião sobre armas para a população civil?

Kássio Coelho - Eu sou a favor. Inclusive, eu só não terminei o meu trabalho porque não pude ir à Polícia Federal fazer minha prova por conta de compromissos pessoais. Sou a favor para as pessoas de bem. Não sou favorável a pessoa ficar andando com a arma, mas a pessoa ter na chácara, na fazenda, em casa. Eu sou contra tirar a vida, sou defensor da vida.

Eu acho que essa discussão ainda vai ser longa, vai por muitos anos. Vamos analisar a questão dos massacres que aconteceram nos Estados Unidos. Tudo precisa ser muito discutido.

É igual habilitação, isso precisava ser mais rígido. Precisamos mudar muitas das nossas leis, mas mudar para melhor, não pra ferrar o pequeno e nem o grande. Por exemplo, você pega uma pessoa sem habilitação dirigindo o carro, a pessoa precisava receber uma multa e ser preso uns três meses, colocar uma tornozeleira, que é para ele não pegar mais o volante.
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