A entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional dessa segunda-feira (22) foi na verdade um debate no qual tentaram extrair alguma informação para o condenar. Essa é a avaliação do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que organizou a transmissão do evento em um telão exposto à Avenida Arquimede Pereira Lima, a Estrada do Moinho, em Cuiabá, no QG Jair Bolsonaro 22 de Cuiabá.
“Não foi uma entrevista, foi um debate praticamente. Onde o repórter não estava agindo como vocês agem, fazendo perguntas e levando a resposta para a população. Estavam ali debatendo, tentando arrancar alguma coisa dele que pudessem o condenar. Acusaram, inclusive, ele de corrupção no MEC. Mas sem ter nada de corrupção, sem ter dinheiro envolvido. Ele, mais uma vez, pôs os dois no bolso”, disse Cattani.
Decisão
Durante a entrevista a Bolsonaro, conduzida por William Bonner e Renata Vasconcellos, o clima foi o mesmo de uma partida decisiva de futebol. Até pelo menos metade da entrevista, além de Cattani, o governador Mauro Mendes (União) e o senador Wellington Fagundes (PL) também estavam no local, assistindo atentamente e reagindo a cada pergunta e resposta.
No início, o grupo de bolsonaristas estava mais tenso e menos expressivo. A virada foi após uma pergunta da jornalista Renata Vasconcellos sobre os atos do presidente durante a pandemia de covid-19. A partir daí, a cada resposta do presidente era uma comemoração. O governador e o senador foram embora antes do fim, quando o clima ainda era de comemoração.
“Quando o Lula for lá, vamos ver quem é tchutchuca”, comemorou Cattani, logo após o fim da entrevista, fazendo alusão ao episódio em que o youtuber Wilker Leão irritou o presidente Bolsonaro o chamando e “tchutchuca do Centrão”, o qual foi tema de umas perguntas feitas por William Bonner durante a entrevista.