A eleição deste ano irá mudar a composição da Câmara de Várzea Grande. Isso porque, o vereador Fabio Tardin (PSB) foi eleito deputado estadual no último dia 2, e deixará de fazer parte dos quadros do Parlamento Municipal. O socialista deverá renunciar ao cargo em janeiro do próximo ano, abrindo espaço para o primeiro suplente, Jânio Calistro (União Brasil).
Calistro já foi vereador por Várzea Grande, e em dezembro de 2019, quando estava no cargo, foi preso por suposta ligação com o tráfico de drogas e com facções criminosas. Em 2020, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o parlamentar que ainda responde na justiça e aguarda uma decisão no processo.
A prisão ocorreu no âmbito da Operação Clean Up, deflagrada pela Delegacia de Repreensão de Entorpecentes (DRE). De acordo com a investigação, na época, o parlamentar se utilizava do conhecimento de ex-policial para orientar a quadrilha em como agir no município. A organização desmontada com a Operação comandava 90% do tráfico de drogas em Várzea Grande.
Calistro foi solto em março de 2020 e conseguiu barrar na justiça um processo de cassação que tramitava no Parlamento Municipal contra ele, e ainda foi candidato à reeleição, conquistando 1.549 votos, ficando na primeira suplência da coligação.
Como suplente, ele assumiu a vaga do vereador titular Pablo Pereira (União Brasil) no início deste ano, quando se ausentou de 60 dias para tratar de assuntos particulares em Mato Grosso do Sul. Agora, com a ida de Fabinho para a Assembleia Legislativa, Calistro deve ser efetivado no cargo pelos próximos dois anos.
No entanto, o processo referente ao vereador, que acabou sendo desmembrado dos demais que envolvia mais de 30 pessoas, está preste a ser sentenciado. O magistrado já realizou as audiências, inclusive, com as testemunhas de defesa de Calistro e abriu prazo para manifestação do MPE e da Defensoria. Na data desta sexta-feira (11) foi dado como concluso para decisão.
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