Em depoimento ao Tribunal do Júri, na tarde desta segunda-feira (17), em Cuiabá, Ana Cláudia Flor, acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o empresário Toni Flor, em agosto de 2020, disse que era agredida, humilhada pelo marido e que procurou os executores por que tinha medo.
A declaração foi dada em resposta aos jurados, após ser inquirida pela juíza e também a defesa. O Ministério Público Estadual não interrogou Ana Flor. Conforme a ré, ela era constantemente agredida por Toni, de forma física e verbal.
Ana disse ainda que sofreu diversas humilhações e acusações inverídicas de traição. . “Ele não acreditava no meu trabalho. Quando eu fazia uma boa venda a gente brigava, ao invés de comemorar. Como se eu não fosse capaz”, disse.
Em diversos trechos do depoimento, Ana Flor afirmou que Toni não valorizava o trabalho dela, que sempre a diminuía e que o casamento estava ruim, que ela tentou separar e ele não aceitava, que inclusive enviava links de matérias com casos de mulheres que foram assassinadas com medida protetiva. “Enviou dois links que uma mulher que foi assassinada em Rondonópolis e que encontraram a medida protetiva, uma na boca dela e outra no soutien”, relatou a acusada.
Ana admitiu que conversou com uma amiga, uma manicure, dizendo que isso tinha que acabar e essa amiga disse que ia falar com umas pessoas. Segundo Ana, após alguns dias um homem, identificado como Igor, passou a ligar pra ela, questionando os motivos da proposta de assassinato. Ela teria então alegado que era vítima de violência doméstica.
Segundo a ré, ela não chegou a confirmar o pedido de execução, mas que depois que Tony foi morto, passou a ser chantageada por Igor e teria sido obrigada a pagar R$ 60 mil.
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