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Notícias / Judiciário

20/10/2022 às 09:00

Com filha no carro, Ana Cláudia procurou pistoleiro para matar homem que atirou em Toni Flor

O Tribunal do Júri condenou, na madrugada de terça-feira (18), a empresária Ana Cláudia Flor a cumprir 18 anos de prisão

Katiana Pereira

Com filha no carro, Ana Cláudia procurou pistoleiro para matar homem que atirou em Toni Flor

Foto: Reprodução JURI TJMT

A sentença proferida pela juíza, Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, após o julgamento do Tribunal do  Júri, na última segunda-feira (17), revela que de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor chegou a procurar um pistoleiro para matar o homem apontado como executor do assassinato do empresário Toni Flor, que era esposo de Ana Claudia. 

“Logo depois da prisão de Igor, temendo ser delatada, Ana Cláudia pagou determinada quantia a um policial da Delegacia de Homicídios para obter informações privilegiadas acerca das investigações”, consta em trecho da sentença condenatória de Ana Cláudia, que terá que cumprir 18 anos de prisão em regime fechado pelo crime. 

Ana foi apontada pelo Ministério Público Estadual como a pessoa que encomendou a morte do marido. O motivo seria o pedido de divórcio feito por Toni. Conforme a acusação, interceptações telefônicas mostraram que no desespero de ser entregue pelo homem que contratou, por R$ 60 mil, para matar o esposo, Ana Cláudia saiu pelas ruas de Cuiabá, durante a madrugada, à procura de um pistoleiro.

Um dos promotores responsáveis pela acusação, Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, ressaltou ainda, durante o Júri, que no momento em que procurava um matador, Ana estava com a filha menor de idade no carro. “Pessoa fria, calculista, sem escrúpulos. [...] Ela alega que sair da prisão para cuidar das filhas. Mas, que mãe é essa que saiu na madrugada para procurar um pistoleiro, para matar o pistoleiro, que ela contratou para matar o pai de suas três filhas?”, questionou o representante do MPE.

A  acusação disse ainda que após o assassinato de Toni ter sido consumado, no momento de pagar o atirador, identificado como Igor, ela chegou a zombar da falta de prática, já que o empresário não morreu na hora que recebeu os tiros. 

Consta nos autos ainda  que Ana Cláudia comparecia constantemente na Delegacia de Homicídios solicitando providências da Autoridade Policial. Mostrava-se interessada em saber se algum suspeito havia sido identificado.

Segundo a mãe da vítima, ela ficou um ano chorando a morte do filho junto com ela. ‘Conclui-se, pois, que a ré agiu de forma totalmente dissimulada, ardilosa, asquerosa, com extrema frieza e perversidade, notadamente pelo fato da vítima ser o pai das suas três filhas, configurando situação de grande reprovabilidade social’, diz trecho da sentença. 

Condenada

O Tribunal do Júri em Cuiabá condenou, na madrugada desta terça-feira (18), a empresária Ana Cláudia Flor a cumprir 18 anos de prisão em regime fechado por ser a mandante do assassinato do seu marido, o também empresário Toni Flor.

O crime ocorreu em agosto de 2020. O julgamento iniciou nesta segunda-feira (17) e durou mais de 16 horas.
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