O vereador Demilson Nogueira visitou, na tarde dessa terça-feira (29), a unidade da Clinica Nefrológica de Mato Grosso (Clinemat) para tomar conhecimento sobre uma possível interrupção do tratamento aos pacientes de hemodiálise. De acordo com a administração da unidade, a Prefeitura de Cuiabá deve três meses de repasses, totalizando R$ 2,5 milhões.
Por conta do atraso, os dirigentes comunicaram que caso o repasse não seja efetuado, não há condições de serem realizadas as hemodiálises. No momento, 295 pacientes renais estão sendo atendidos na unidade.
O parlamentar foi procurado pelo presidente da Associação de Portadores de doenças Renais Crônicas e Transplantados, Carlos Antônio Pereira, que cobrou soluções junto ao executivo municipal para regularizar os pagamentos.
“Nós estamos correndo risco desta unidade fechar por falta de pagamento. A empresa já não tem mais como suportar a compra de insumos. Se nós perdermos um dia de sessão nós temos descompensação. A nossa vida está correndo risco”, afirma o presidente da associação.
Cada paciente pode realizar até 13 sessões durante o mês, sendo que o valor repassado por cada diálise a clínica é de R$ 218,47.
O vereador Demilson Nogueira, além de conhecer a unidade conversou com diversos pacientes e constatou a importância dos atendimentos não serem paralisados.
“Mais uma vez, o município deixa de prestar o seu papel ao não cumprir os repasses as unidades. Uma situação que já vem sendo descumprida há vários meses porque a prefeitura simplesmente trata dos repasses, não só desta como de outra unidade que presta o mesmo serviço com desrespeito. Até o momento foi realizado um repasse parcial de 500 mil que não cobre as despesas, ou seja, a unidade pode fechar as portas a qualquer momento e infelizmente a população é que está sendo mais uma vez castigada”, explica o vereador.
Segundo à Secretaria Municipal de Saúde, os pagamentos em atraso seriam efetuados ainda na terça-feira (29), ao meio-dia.
Porém, até o presente momento, a direção da clinica informa que apenas foi realizado um pagamento no valor de $ 500 mil, que não cobre as despesas para seu pleno funcionamento.