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Notícias / Judiciário

16/12/2022 às 21:30

Paccola é condenado à prisão por adulterar cadastro de pistola no sistema da PM

A pistola pertencia a outro PM acusado de participar de um grupo de extermínio denominado “Mercenários”

Katiana Pereira

Paccola é condenado à prisão por adulterar cadastro de pistola no sistema da PM

Foto: TJMT

O tenente-coronel da reserva da Polícia Militar e vereador cassado por Cuiabá, Marcos Paccola (Republicanos), foi condenado pela Vara Especializada em Justiça Militar a cumprir quatro anos e seis meses de prisão. 

Na decisão desta sexta-feira (16), Paccola foi condenado pela prática dos crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações. “Sujeitando-o à pena privativa de liberdade de 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses de reclusão, pena que será cumprida inicialmente em regime aberto”, diz trecho da decisão. 

A 13ª Promotoria Criminal da Capital, pediu a condenação de Paccola por falsidade ideológica após inserir uma informação inverídica para alterar o cadastro de uma arma de fogo. Paccola foi alvo da Operação Coverage, que investigou o caso, e chegou a ser preso no dia 09 de setembro de 2019. Entretanto, a prisão foi revogada quatro dias depois. 

A mesma decisão também condenou outro militar. Trata-se do tenente da PM, Cleber de Souza Ferreira, por falsidade ideológica, tendo que cumprir pena privativa de liberdade de dois anos de reclusão, pena que será cumprida inicialmente em regime aberto.  

Ambos podem recorrer da decisão em liberdade. 

A denúncia 

Consta na denúncia que Paccola, em conjunto com os denunciados Tenente PM Cléber de Souza Ferreira e o Sgt Berison Costa e Silva, teriam atuado entre os meses de maio a agosto para falsificar a verdadeira origem, propriedade e posse de uma Glock calibre 9mm.

A pistola pertencia ao tenente Cléber, acusado de participar de um grupo de extermínio denominado “Mercenários”. Os militares citados teriam inserido dados falsos no Sistema de Registro e Gerenciamento de Arma de Fogo da PMMT, para impedir a sua verdadeira identificação. A Glock em questão teria sido utilizada em alguns crimes de homicídio, apurados em inquéritos policiais.

A arma, que foi adquirida em 2015 pelo tenente Cléber de Souza Ferreira, foi adulterada em nome da Polícia Militar, fazendo crer que seria parte do patrimônio do efetivo.

Outro processo

O Ministério Público também ofereceu a denúncia contra Paccola por homicídio qualificado por motivo torpe, com clara intenção de autopromoção, praticado contra o 
agente penal Alexandre Miyagawa de Barros, ocorrido em 1º de julho, em via pública do bairro Quilombo, em Cuiabá.

Além de pedir a suspensão do porte de arma, a denúncia ainda pede que Paccola repare a família do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa por danos materiais e morais.
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