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Notícias / Política

07/01/2023 às 17:44

Se não tem dinheiro, governo federal pode aumentar dívida até conta explodir na população

Avaliação é do governador Mauro Mendes, quando questionado sobre prorrogação da isenção de ICMS nos combustíveis

Jardel P. Arruda

Se não tem dinheiro, governo federal pode aumentar dívida até conta explodir na população

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes (União) evitou comentar diretamente se concorda ou não com a prorrogação por 60 dias da isenção do ICMS sobre os combustíveis, assinada pelo presidente Lula (PT) no dia da posse, mas criticou a possibilidade de o governo federal não precisar de “coerência” entre a arrecadação e o gasto.

“Ele sabe bem o que faz por lá. A diferença é que se o governo federal não tem dinheiro, ele solta um cheque especial, o caixa do governo federal fura o teto, emite dívida. Os governos estaduais e municipais não podem fazer isso. Aqui, ou você arrecada e gasta de maneira coerente, ou entra em colapso rapidamente. O governo federal, não. [Ele] emite dívida, aumentando o déficit público, até que um dia vai explodir e nós vamos pagar essa conta”, analisou o governador, no dia 1º, no Palácio Paiaguás.

Mauro é crítico da redução do imposto sobre circulação de mercadorias e serviço (ICMS) dos combustíveis desde quando anunciada pela gestão federal anterior, sob comando de Jair Bolsonaro (PL). Para o governador, antes de reduzir o imposto, era necessária a realização de um amplo estudo.

Em Mato Grosso, quando a redução foi anunciada, em 2022, Mauro Mendes chegou a chamar a medida de eleitoreira e afirmou que o Estado seria prejudicado. O governador também fez várias críticas à política de preços da Petrobras, a qual garantiu o segundo maior lucro do mundo entre petrolíferas, mas pesou para a população mato-grossense.

“Muitas vezes, falou-se que o culpado era o ICMS, mas ele está congelado com diesel de R$ 5,20 e o diesel já está chegando em R$ 8. Então, todo esse aumento dado até esse momento foi culpa, única e exclusivamente, de mercado e da Petrobras”, disse em junho de 2022.

O presidente Lula também fez várias críticas à política de preços da Petrobras e prometeu buscar formas de a alterar. O petista chegou a anunciar o fim da isenção de ICMS, mas recuou e assinou uma medida provisória garantindo isso por mais dois meses, no caso da gasolina e do etanol, e até o final de 2023 para o diesel.
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