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Notícias / Entrevista da Semana

22/01/2023 às 09:30

Janeiro Branco: pets que ficam muito sozinhos estão predispostos a desenvolver depressão

A campanha alerta a importância de manter a saúde mental como prioridade não somente das pessoas, mas também dos animais de estimação

Eloany Nascimento

Quem tem um cão ou gato em casa sabe que é essencial proporcionar a eles uma qualidade de vida boa e para isso é preciso investir na saúde, como manter a vacinação em dias, alimentação e hidratação adequada. Porém, é preciso ir além de cuidados físicos e cuidar do bem- estar mental do animal, isso porque pets que ficam muito sozinhos estão predispostos a desenvolver depressão. 

No primeiro mês do ano é realizada a campanha Janeiro Branco, uma ação que alerta a importância de manter a saúde mental como prioridade. Data essa que traz uma reflexão no cuidado não somente dos seres humanos, mas também dos animais de estimação. 

Para falar sobre esse tema, o Leiagora conversou com a médica veterinária mestre em ciências veterinária, Elenice Marta de Barros. 

Leiagora - Qual a importância do Janeiro Branco?

Elenice Marta de Barros - A importância da campanha Janeiro Branco se dá como um olhar diferente para o ano que está iniciando, colocando foco nas necessidades de todos o membros da família e isso inclui os pets.

Leiagora - Os pets podem desenvolver depressão por falta de atenção dos tutores?

Elenice 
Marta de Barros - Os pets que ficam muito sozinhos, onde os donos são muito corridos que chegam em casa em casa em um período muito tarde e ficam pouco no ambiente, eles tendem mais predisposição a depressão.

Leiagora - Como a tristeza e a depressão impactam no comportamento do animal?

Elenice 
Marta de Barros - Os animais podem apresentar desde uma apatia, não querer brincar , ficando mais quieto no seu canto e em consequência disso podendo progredir em diminuir a alimentação, diminuir o consumo de água, no qual isso pode vir a acontecer uma desidratação e por causa disso, doenças secundárias.   

Leiagora - Quais animais estão mais propícios a desenvolverem depressão? A raça pode influenciar?

Elenice
Marta de Barros - Dentro do meu conhecimento de médica veterinária, clínica geral de cães e gatos são animais que têm propensão a desenvolver essa depressão. Não se tem um relacionamento entre raças, ou sem raças definidas, isso porque não existe uma relação na qual tem mais probabilidade de desenvolver a depressão, todos estão predispostos a ter.

Leiagora - Os tutores devem se atentar a quais sinais para descobrir que o pet está em estado de depressão?

Elenice
Marta de Barros - A primeira coisa é a vontade de brincar, a vontade de receber o seu dono quando chega em casa. Então você percebe quando chega é que seu animal está te esperando, essa é uma das principais coisa para prestar atenção. Posteriormente, falta de apetite, urina e fezes em lugares diferentes, isso é uma forma de chamar atenção dos tutores. Então é importante ficar atento a esses sinais.

Leiagora - Existem estágios para essa doença?

Elenice
Marta de Barros - Os estágios da doença começam inicialmente com o animal deixando de brincar, de querer comer e tomar água. A partir daí vai levando a uma apatia, o qual o animal começa a ficar desestruturado e não querendo levantar de forma alguma. Com isso, a doença pode acabar gerando consequências maiores, como vômito e diarreia, portanto é necessário ficar atento ao primeiro sintoma.

Leiagora - Como lidar com os sintomas da depressão em animais?

Elenice
Marta de Barros -  É preciso procurar um médico veterinário para que você seja orientado corretamente, pois cada paciente exige um tipo de tratamento, um tipo de atenção diferente. Os tratamentos são individualizados para cada paciente, mesmo que sejam todos cachorros, mesmo que sejam todos gatos os tratamentos são únicos.

Leiagora - Como a atividade física pode ajudar esses animais?

Elenice
Marta de Barros - Fazer atividade física, ou um passeio é importante e isso inclui estar com o tutor, então só o fato de estar com o dono já é uma predisposição de um fator do animal estar bem. Bem como estar com outras pessoas, então assim, isso libera enzimas que ajudam o animal a ficar melhor. Isso porque as enzimas liberam serotoninas, conhecida como o hormônio da felicidade, que ajudam os pets a serem mais felizes, digamos assim.

Leiagora - Qual o tratamento médico? Existe medicação?

Elenice
Marta de Barros - A princípio o tratamento é um exame geral para descartar qualquer doença que possa estar associada à depressão. Com o diagnóstico é preciso realizar o tratamento com medicações, mas é preciso atenção, pois cada paciente é único e os remédios são individuais, o que serve para um às vezes não serve para outro. 

Leiagora - Como prevenir que o pet fique depressivo ou ansioso?

Elenice
Marta de Barros - Por se tratar de uma doença cognitiva a prevenção é estar com familiares, interagir com todos da casa, brinquedos interativos. Além disso, a socialização com outros pets também ajuda. Outra coisa importante é o adestramento, no qual esse animal será adestrado e vai beneficiar ele de forma que fique menos ansioso, ou seja, diminuindo a ansiedade vai prevenir que esse não entre em depressão.
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