A vereadora Maysa Leão (Republicanos) classificou como natimorta a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar os atos do governo do Estado durante a intervenção na Secretaria de Saúde de Cuiabá. De acordo com ela, além de terem sido poucos dias, cabe à Assembleia Legislativa, e não à Câmara de Vereadores, investigar o Executivo estadual.
“Olho para ela como uma CPI natimorta e uma CPI que me envergonha. A intervenção durou 7 dias e nós vamos mobilizar a Câmara a abrir uma CPI, usar o tempo do vereador para investigar 7 dias? A intervenção não veio de um partido político, aconteceu a pedido da Justiça porque a Saúde de Cuiabá está um caos”, destacou, na manhã desta terça-feira (7), após a leitura em plenário do pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
A vereadora afirmou quase ter assinado o requerimento da CPI por acreditar que o objetivo seria investigar as incongruências nos contratos da Secretaria Municipal de Saúde apontados no relatório da intervenção. Contudo, quando entendeu se tratar de uma investigação contra o governo do Estado, mudou de ideia.
“A gente deveria estar indo nas unidades de saúde, a gente deveria estar analisando as incongruências dos contratos. Então, para mim, ela é natimorta e me envergonha. [...] A gente precisa olhar o âmbito do momento. Se a investigação vai ser de algo que estava no âmbito estadual, precisa ser por parte da Assembleia”, afirmou.
Maysa assumiu como vereadora na vaga do agora deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) e tem se colocado como parlamentar de oposição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
