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Notícias / Política

06/03/2023 às 18:30

Secretário de segurança diz que câmeras no fardamento da PM carece de estudos técnicos e orçamentários

César Augusto Roveri garante que, além da eficácia dos equipamentos, é preciso discutir acerca da previsão orçamentária para adquirir as câmeras

Paulo Henrique Fanaia

Secretário de segurança diz que câmeras no fardamento da PM carece de estudos técnicos e orçamentários

Foto: Reprodução

Para o secretário de estado de Segurança Pública de Mato Grosso, César Augusto Roveri, a discussão acerca da instalação de câmeras no fardamento da polícia militar é um tema delicado que ainda carece de estudos técnicos e orçamentários. De acordo com Roveri, a eficácia das câmeras ainda não é um assunto pacificado, haja visto que poucas unidades da federação utilizam os equipamentos.
 
“Primeiro tem que ter um estudo técnico, não é um assunto pacificado, pouquíssimas unidades da Federação fazem o uso dessas câmeras no fardamento dos policiais. Estive por três vezes esse ano já no Ministério da Justiça em reunião com o ministro [Flávio Dino], com o secretário nacional e com todos os secretários de segurança do país. Em nenhuma dessas três reuniões, nós abordamos esse assunto. É um assunto que ainda será tratado pra ter um alinhamento também em nível nacional, não só dentro do estado de Mato Grosso”, disse Roveri na manhã desta segunda-feira (6).
 
O tema é discutido em um projeto de lei do deputado estadual Wilson Santos (PSD) que obriga a instalação de câmeras de vigilância no interior de viaturas, aeronaves, embarcações, fardas ou nos capacetes dos policiais militares de Mato Grosso. Wilson defende que a gravação das ações policiais resguarda o cidadão contra possíveis excessos praticados por policiais e ainda protege os próprios agentes contra falsas acusações. A proposta prevê a instalação gradativa dos equipamentos por um prazo máximo de um ano após a publicação da Lei.

O projeto foi apresentado em 2022, mas foi arquivado na Assembleia Legislativa. A retomada ganhou força após a morte de jovem Diego Kalininski no mês passado. Ele foi morto a tiros por um policial militar após ser retirado de uma festa no município de Vera.
 
Uma comitiva da Assembleia Legislativa composta por deputados, membros da comissão de segurança da AL e representantes da Segurança Pública do estado, irá este mês a São Paulo participar de uma reunião junto à Secretaria de Segurança Pública paulista, para ver, in loco, o funcionamento das câmeras no fardamento dos policiais.
 
Para Roveri, a discussão sobre o tema deve focar em diversos aspectos, tal como a questão da previsão orçamentária estadual: “afinal de contas, nós estamos falando em torno de 1.100 a 1.150 policiais por dia de serviço no Estado de Mato Grosso. Então, nós teremos que ter câmeras, teremos que ter software para armazenar esse material que vai ser em uma sala cofre? Vai ser em nuvem? Enfim, nós temos muito a decidir sobre esse assunto”, finaliza o secretário.
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