A vereadora e relatora da CPI dos contratos da Saúde, Maysa Leão (Republicanos), comentou o trabalho a ser feito pela nova interventora da Saúde de Cuiabá, nomeada nesta terça-feira (14) pelo Governo do Estado, Danielle Carmona Bertucin. A vereadora defende que a intervenção não é algo político, mas uma situação que partiu de fatos materiais apresentados pelo Ministério Público Estadual.
“A intervenção não é política e não partiu da vontade de nenhum partido político, mas de fatos materiais irrefutáveis apresentados ao Ministério Público. Há 12 dias votamos a convocação do secretário de saúde do município para esclarecimentos e o pedido não foi aceito. Agora temos uma intervenção e não podemos atrapalhar este trabalho de gerir equipe e gerir uma saúde o mais rápido possível”, afirmou a vereadora.
Maysa também destacou que acredita que a interventora fará um trabalho excepcional que trará muitos resultados e respostas à população. “Ela é uma pessoa com muito conhecimento técnico, já falei com ela e me coloquei à disposição com a CPI dos Contratos, para que esteja a par do andamento da comissão e das informações que podem contribuir também para o diagnóstico da situação da saúde”, disse.
A intervenção da saúde de Cuiabá foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na última quinta-feira (09), após pedido do Ministério Público do Estado, que apontou diversas irregularidades na gestão municipal da saúde, como falta de médicos e remédios. A interventora Danielle Carmona foi escolhida pelo governador Mauro Mendes (União) para comandar os 90 dias de intervenção.
Carmona terá 10 dias para apresentar um diagnóstico contábil, financeiro e administrativo da Saúde de Cuiabá, e 15 dias para entregar o plano de intervenção, com as medidas a serem adotadas para a regularização dos serviços de saúde.
Para Maysa, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) deveria focar nos problemas da Capital e esquecer as maquinações políticas que tem feito em Brasília nos últimos dias.
“O prefeito deveria focar em Cuiabá e esquecer Brasília um pouco, porque isso não estaria acontecendo se as unidades de saúde estivessem atendendo os munícipes. A gente teve trocas sucessivas de secretários de saúde, prisões e afastamento, não há como dizer que a saúde de Cuiabá é modelo”, concluiu a republicana.
Com assessoria
