O governador Mauro Mendes (União) voltou a discutir a “estadualização” da administração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães com ministros do governo federal, em Brasília, nessa quarta-feira (5). Ele mantém o argumento do valor desproporcional a ser pago pelo cidadão para visitar os atrativos de Chapada, bem como o valor do investimento.
Mesmo com a publicação no Diário Oficial da União que a concessão por 30 anos do parque é da Parque FIP, subsidiária da ParqueTur e creditado pela Fram Capital, Mendes ainda tenta o cancelamento do leilão no qual a MT Par também pleiteava a administração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
“Mais uma vez aqui em Brasília, tô terminando o dia aqui com o secretário Mauro Carvalho, Rogério Gallo, entre outros assuntos sobre o marco do saneamento, que foi feito outro decreto, estivemos cuidando também de outros assuntos de Mato Grosso. Mas mais uma vez batemos aqui com os ministros, nós falamos sobre a questão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Mais uma vez mostramos que é impossível fazer esse crime com Mato Grosso, com os mato-grossenses, de obrigar o trabalhador, o cidadão a pagar R$ 100 para acessar esse parque”, disse Mauro.
“R$ 100 é o que você vai pagar de qualquer cidade de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande vai ter um desconto, mas um cara de Santo Antônio de Livramento, de Poconé, de qualquer outro município de Mato Grosso vai pagar R$ 100 para acessar nossas cachoeiras. E o governo do Estado tem o dinheiro, quer investir e mais uma vez eu bati nessa tecla aqui entre outros assuntos”, completou.
O imbróglio começou no final do ano passado, quando uma licitação para concessão do Parque Nacional de Chapada foi realizada e Mauro Mendes perdeu a disputa para Fram Capital, sendo a outorga fixa ofertada no valor de R$ 1.009.132,27. Essa empresa já administra outros 10 parques no país, o que foi, inclusive, salientado pelo governador na entrevista concedida nesta terça. “O que está sendo feito aí com essa empresa privada que já ganhou todos os parques no Brasil a mim parece que não cheira muito bem”, disse.
A MT Participações e Projetos S. A. (MT Par) também concorreu ao certame com uma proposta de investimento na ordem de R$ 200 milhões nos quatro primeiros anos da concessão, mas foi desclassificada por não apresentar garantias bancárias. A proposta vencedora prevê um investimento de R$ 18,5 milhões ao longo de 30 anos.
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