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12/05/2023 às 08:46

MP denuncia investigador que matou cabo da PM e pede que ele enfrente o júri popular

Foram apresentadas duas qualificadoras na denúncia: utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo fútil

Alline Marques

MP denuncia investigador que matou cabo da PM e pede que ele enfrente o júri popular

Foto: Reprodução

O investigador de polícia Mario Wilson Vieira da Silva Gonçalves foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, nessa quinta-feira (11), por homicídio qualificado praticado contra o policial militar Thiago de Souza Ruiz. O MPMT também requereu a pronúncia do acusado para que o mesmo seja submetido ao Tribunal do Júri.

Na denúncia, o Núcleo de Defesa da Vida do MPMT, por meio da 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá, apresentou duas qualificadoras: utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi atingida por disparos de arma de fogo, e motivo fútil.

Leia também: Vídeo | Câmera de segurança registra momento em que investigador mata cabo da PM

O crime ocorreu no dia 27 de abril, por volta das 3h30, no interior da conveniência de um posto de gasolina, em Cuiabá. Conforme apurado no inquérito policial, o denunciado e um amigo foram até a conveniência e lá encontraram uma terceira pessoa, que apresentou a vítima aos dois. Consta na denúncia, que o PM e o investigador se “estranharam” pela desconfiança sobre a condição de policial da vítima.

“A conversa seguiu no sentido de um indagar ao outro informações acerca das atividades e formação policial de ambos, instante em que Thiago levantou a camisa para mostrar uma cicatriz de que era portador, momento em que Mário visualizou e se apossou do revólver que aquele trazia na cintura, afirmando que iria chamar a polícia para averiguar aquela arma. Neste interim sacou da pistola que trazia consigo e apontou em direção a Thiago, após o que voltou sua pistola para a cintura e permaneceu com o revólver da vítima em mãos”, diz a denúncia.

Na sequência, conforme o MPMT, a vítima tentou pegar de volta seu revólver, oportunidade em que os dois se atracaram e caíram no chão. Durante a confusão, testemunhas tentaram separar os dois, mas a vítima acabou sendo atingida por vários disparos de arma de fogo efetuados pelo denunciado.

Em depoimento à polícia, horas depois do crime, o investigador negou ter discutido contra o policial militar e alegou que atirou porque temeu pela sua vida, por achar que a vítima havia pego a arma. Ocorre que foi um amigo do próprio investigador que havia retirado a pistola da mão do acusado. 

Mário está preso desde o dia do crime e teve o pedido de soltura negado. Ele está no presídio militar localizado em Chapada dos Guimarães.

 
Com informações do MPE
 
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