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Notícias / Política

17/05/2023 às 14:32

Cassação de Dallagnol gera bate-boca em sessão na Assembleia Legislativa de MT

Faissal, Júlio Campos, Elizeu e Cattani usaram a tribuna para sair em defesa do deputado cassado

Eduarda Fernandes e Paulo Henrique Fanaia

Cassação de Dallagnol gera bate-boca em sessão na Assembleia Legislativa de MT

Foto: ANGELO VARELA / ALMT

A cassação do registro de candidatura e consequente perda de mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocupou espaço na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta quarta-feira (17). Os deputados estaduais Faissal Calil (Cidadania), Júlio Campos (União), Elizeu Nascimento (PL) e Gilberto Cattani (PL) usaram a tribuna para sair em defesa de Dallagnon. Valdir Barranco (PT), por sua vez, criticou os colegas parlamentares e defendeu o Poder Judiciário.

Faissal Calil apresentou uma moção de repúdio ao PT, PCdoB e PV, partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança, autora da ação que resultou na cassação do registro de candidatura de Dallagnol. 

“Vivemos em tempos sombrios. Não sei em qual democracia que nós vivemos. E parece que a tática dos partidos da esquerda são eliminar todos aqueles que pensam de forma diferente das suas ideologias. [...] Ontem foi Deltan Dallagnol, amanhã pode ser qualquer um de nós”, disse o deputado ao pedir que os colegas tomem partido na situação.

Na sequência, Elizeu Nascimento classificou a decisão do TSE como um “ato antidemocrático” e atacou a Corte ao afirmar que a cassação se deu por “puro revanchismo e perseguição política. “É com muita tristeza que acompanhamos essa notícia de cassação do deputado federal legitimamente eleito, diga-se de passagem, o mais votado do Paraná nas eleições 2022”, comentou ao externar solidariedade ao parlamentar cassado.

Júlio Campos também usou a tribuna para protestar contra a decisão do TSE afirmando que a Corte “mais uma vez pisa na lei ao cassar o mandato” de Deltan. Ele e Elizeu lembraram que Dallagnol atuou como chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e, após deixar o cargo, foi o deputado mais votado do Paraná nas eleições de 2022, com 344 mil votos.

Cattani fez coro aos colegas e lamentou a cassação, e também entende que políticos da direita estão sendo perseguidos. 

Valdir Barranco criticou os colegas e defendeu que o Parlamento estadual não pode atacar o Poder Judiciário. “Não essa Casa, representantes de mandatos, ocupantes de cadeiras dessa Casa. Já tivemos recentemente aqui moções de repúdio votadas contra a Justiça. Agora, o Poder Judiciário novamente é atacado, a mais alta Corte da Justiça Eleitoral atacada. E eu quero dizer aqui o seguinte, que lá são sete ministros, três indicados pelo PT, três indicados pelo Bolsonaro, um indicado pelo Michel Temer. [...] Foi 100% pela cassação do Deltan Dallagnol. Ele é investigado em 15 processos, teve duas condenações”, lembrou o deputado. 

Barranco reforçou que, diante do resultado por unanimidade, é necessário confiar na Corte Superior. “No mais, resta ao Deltan Dallagnol limpar as gavetas e dizer ‘tchau, querido’”.

Sem emitir manifestação diretamente sobre a decisão do, TSE, Wilson Santos lembrou que Dallagnol respondia a PADs e observou que, neste cenário, ele não poderia ter pedido para se aposentar.
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