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19/07/2023 às 17:00

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Inauguração do novo Mercado do Porto divide opiniões de comerciantes

Enquanto alguns feirantes estão ansiosos com o novo espaço, outros demonstram preocupação por terem que ficar um ano em um espaço provisório

Paulo Henrique Fanaia

Inauguração do novo Mercado do Porto divide opiniões de comerciantes

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

Enquanto alguns feirantes estão ansiosos com a inauguração da primeira etapa da reforma e ampliação do Mercado do Porto em Cuiabá, outros demonstram preocupação, afinal, estes ficarão instalados em tendas provisórias por um ano até que a parte antiga do mercado seja reformada. O Leiagora visitou o mercado para conversar com os permissionários do local e colheu relatos tanto de alegria quanto de preocupação de vários trabalhadores.
 
Acontece que, após quatro anos do início da obra, a Prefeitura de Cuiabá entrega nesta sexta-feira (21) a primeira etapa da obra, porém a reforma geral está muito longe de acabar.

A parte que será inaugurada contará com espaços climatizados para que os feirantes possam trabalhar, tal como ocorre no Shopping Popular de Cuiabá.
 
Neste novo espaço que já está pronto, serão instaladas as barracas de farinhas, cereais, queijos, doces e condimentos. Em cima, ficarão os restaurantes e lanchonetes. Os feirantes que comercializam peixes, carnes, frutas, legumes e verduras, irão ocupar uma área provisória ao lado da área nova. Isso, porque o espaço fixo destinado para a comercialização desses produtos ainda não foi concluído.


Tem que acreditar que vai ficar pronto. O novo espaço é bem provisório, vai ser difícil


De acordo o presidente da Associação do Mercado do Porto, Jorge Antônio Lemes Júnior, daqui 15 dias as obras de revitalização da segunda parte serão iniciadas e a previsão é que fiquem prontas até agosto de 2024. “Pode ser que atrase ou pode ser que não, mas vamos tocar o barco e seguir no prazo”, diz ele.
 
Dois lados, dois sentimentos
 
Valquiria é dona de um dos restaurantes que será instalado no local, o Santo Antônio. Ela está animada com o novo local e desde a semana passada está trabalhando no novo box fazendo limpeza, colocando geladeiras, fogão e tudo mais. Segundo ela, as expectativas são as melhores para atender bem os clientes.
 
Gabriel, que cuida de uma loja de queijos e doces, também é outro que está animado com a mudança. De acordo com ele, o novo espaço vai ser melhor para atender os clientes.
 
Quem não demonstra tanta animação assim e já parte para o lado da desconfiança são Eliane e Márcia, donas de bancas de carnes e frutas, respectivamente. As duas dizem que querem ter fé que irão ficar na área provisória somente por um ano, mas como a obra original demorou quase quatro anos para ficar pronta, fica difícil acreditar em uma promessa dessas.
 
“Foi passado um ano, que dá em agosto do ano que vem. Tem que acreditar que vai ficar pronto. O novo espaço é bem provisório, vai ser difícil. Estamos nos adequando, foi entregue sem piso, mas já estamos fazendo piso. O que pudermos fazer para melhorar estamos fazendo”, conta Eliane.
 
Márcia diz que o espaço provisório não atende as expectativas. Ela reclama que o corredor para os clientes ficou muito pequeno e o local está com problemas na distribuição de água e de refrigeração. Outra preocupação fica por com conta dos estoques. Como os produtos vendidos são perecíveis, afinal estamos falando de carnes, peixes, legumes, verduras e frutas, não tem condição de ter muita coisa em estoque, pois não há onde guardar com segurança.
 
Outra preocupação dos trabalhadores é quanto à climatização do dito espaço fixo. Eles temem que o ar-condicionado do local não seja capaz de dar conta das altas temperaturas cuiabanas. Isso, porque os aparelhos foram instalados apenas na parte de cima onde ficam os restaurantes: “Imagina quando lotar o mercado nesse calor de Cuiabá. Não sei se esse ar vai aguentar”, comenta um dos feirantes.
 
A obra no Mercado Municipal Antônio Moisés Nadaf, como é intitulado oficialmente, teve início em abril de 2019. A estimativa era de que a reforma e ampliação fosse concluída em dois anos, ao custo total de R$ 14,4 milhões.

A realidade, contudo, foi outra. A primeira etapa da reforma demorou mais de quatro anos para ser finalizada e custou R$ 20 milhões. Ela foi executada pela empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda, a qual foi contratada após realização de processo licitatório pela Secretaria de Obras do município.
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