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29/07/2023 às 18:00

VAGA DE ROSA WEBER

Amini não esconde sonho por STF, mas pondera que ápice deve ser resultado e não objetivo

Amini já atua como auxiliar da presidência do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Amini não esconde sonho por STF, mas pondera que ápice deve ser resultado e não objetivo

Foto: TJMT

Cotada para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, que irá se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro deste ano, a juíza titular da Vara Especializada de Execução Fiscal de Cuiabá, Amini Haddad Campos, não esconde que isso seria a concretização de um sonho. Contudo, pondera que chegar a esse ápice profissional não deve ser o objetivo de uma carreira, mas sim o resultado de uma trajetória.

“A gente sempre tem um sonho, né?! [...] Então, sem sombra de dúvida, nós tentamos fazer o nosso melhor com essa pretensão máxima de servir ao interesse público. Se chegar ao ápice da profissão, se chegar ápice da carreira que seja na verdade um resultado, não o objetivo. Nós podemos sonhar, mas sempre antes desse sonho ter o interesse que é muito maior que é o interesse público”, comentou à imprensa esta semana, durante visita da ministra e presidente do STF, Rosa Weber, a Cuiabá.

Amini já atua como auxiliar da presidência do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela também é presidente-adjunta e coordenadora nacional da Virada Feminina Nacional, uma organização não governamental voltada à Agenda ONU 2030, equidade entre homens e mulheres, e foi coordenadora de Direitos Humanos da Escola da Magistratura do Estado de Mato Grosso e presidente da Academia Mato-Grossense de Magistrados (2012-2015).

E sobre sua atuação junto à presidente do STF, Amini reforça: “Minha função é exatamente fazer o meu melhor como equipe da ministra, como o integrante desse gabinete da presidência da ministra Rosa Weber”.

Em razão de seu perfil e trajetória, a Associação Brasileira de Mulheres das Carreiras Jurídicas (ABMCJ) e o Instituto Unidos Brasil enviaram ofício ao presidente Lula (PT), na quinta (27), para que ele indique Amini Haddad para a vaga de Rosa Weber. 

Mas Amini não é a única cotada à vaga. Também estão no páreo nomes como o do ministro da Justiça Flávio Dino, do advogado-Geral da União Jorge Messias, Bruno Dantas, a desembargadora do TRF-2 Simone Schreiber, a ministra do STJ Regina Helena Costa, e as advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.

Neste cenário, a juíza cuiabana entende que o melhor seria manter a representatividade feminina na Corte Suprema. “Quando falamos que o Brasil vive num sistema democrático, nós queremos ter representatividade. As mulheres são quase 52% da composição da população, então é inaceitável pensar numa diminuta representatividade em órgãos de poder. [...] As mulheres precisam compor tanto Congresso Nacional, como o Executivo, atuando inclusive no judiciário, nas Cortes, nas cúpulas de poder. Porque são os locais onde há definição de orçamento, onde há definição de interesse público, onde se pensam as prioridades de Estado. Então as mulheres precisam estar compondo esses ambientes, para decidirem também quais são as políticas judiciárias, quais são as políticas nacionais, as de estado, do Executivo, do Legislativo que são necessárias para a República Federativa do Brasil”.
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