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20/08/2023 às 10:02

MODAL POLÊMICO

Obras do trajeto do BRT em Cuiabá iniciam apenas em outubro com nova rota na região central

Até o momento, apenas a construção do Centro de Controle já iniciou em Cuiabá, o que permitirá que o modal em VG entre em operação independente da capital

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Obras do trajeto do BRT em Cuiabá iniciam apenas em outubro com nova rota na região central

Foto: Paulo Henrique Fanaia/Leiagora

O secretário adjunto de obras especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Isaac Nascimento Filho, afirmou durante audiência na Assembleia Legislativa que as obras das pistas do percurso do Bus Rapid Transit (BRT), em Cuiabá, vai começar somente em outubro. No entanto, já está em andamento a construção do Centro de Comando, na região do Porto, o que permitirá que o modal possa funcionar em Várzea Grande independentemente da conclusão das obras na capital.

"A gente transferiu o CCO para a estação do Porto e já começamos a construir lá. Com o Centro de Controle, mesmo que Cuiabá não esteja apta, Várzea Grande já começa a funcionar", disse, em resposta ao questionamento da vereadora Gisa Barros (União Brasil).


A preocupação sobre o funcionamento do BRT na cidade industrial foi levantada pela vereadora Gisa Barros (União), durante audiência que debateu o trajeto em Várzea Grande e o cronograma das obras que causará transtornos aos empresários. Isto porque, na capital, a implantação, prevista para iniciar em agosto, enfrenta problemas burocráticos com o projeto executivo e também a resistência política do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Conforme a Sinfra, em Cuiabá o percurso do BRT também passou por mudanças, e deverá incluir a Av. Getúlio Vargas, subindo até a Praça 8 de abril e fazendo o retorno pela Av. Isaac Póvoas, com o objetivo de garantir à população mais facilidade de acesso à região central.

"É preocupante, porque sabemos desse impasse político entre Cuiabá e o governo do Estado: faz-se em Várzea Grande e fica a obra parada esperando uma decisão em Cuiabá", alertou a parlamentar.
 
Conforme a explicação do secretário-adjunto, é justamente a conclusão do CCO que vai permitir que o BRT funcione em Várzea Grande, onde as obras na Avenida da FEB têm 36% de avanço na Avenida da FEB, com previsão de que a concretagem das pistas seja finalizada em outubro.

Na cidade industrial, a rota do corredor de ônibus deve passar pela Couto Magalhães, o que é alvo de protesto dos comerciantes, preocupados com os impactos que as obras devem causar. As intervenções no trânsito devem começar a partir do dia 4 de setembro e os empresários temem que se estendam até o fim do ano, prejudicando as vendas do período.

Durante uma audiência na Assembleia Legislativa, contudo, Isaac afirmou que a previsão é terminar o trecho até 30 de novembro e tentou tranquilizar os comerciantes explicando que as intervenções vão ocorrer em etapas, por partes, afetando, por vez, de 200 em 200 metros.

"Se a gente não entrar na Couto agora, o que acontece? Somente depois das chuvas, ou seja, vai ser uma obra que vai se alongar. Por isso a necessidade de entrar logo, para impactar muito pouco o comércio local".

Tarifa menor

Segundo a secretaria, a implantação do BRT em Cuiabá e Várzea irá promover uma racionalização do transporte público na região metropolitana, o que significa viagens mais rápidas para a população, promovendo melhorias na mobilidade urbana. Além disso, o novo modal vai permitir uma tarifa menor para os usuários do transporte.

A afirmação é do secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Rafael Detoni. “A gente trabalha o que há de mais precioso para o cidadão, que é o tempo”, destaca.

“Hoje os ônibus saem dos bairros e percorrem longos trechos até o centro de Cuiabá. A gente entra na Fernando Corrêa e tem um comboio de ônibus saindo dos bairros. Com o BRT, o ônibus sai do bairro e vai ao terminal. No terminal, o passageiro desce do ônibus alimentador e entra no BRT, que tem uma faixa exclusiva, que independe do humor do tráfego. Isso dá agilidade para o passageiro”, explica Detoni.

Esse uso mais racional do transporte promove uma tarifa mais competitiva para os usuários. De acordo com Detoni, hoje a tarifa estimada do BRT seria de R$ 4,37, abaixo do valor que já é praticado vom os ônibus convencionais.

O secretário adjunto Isaac Nascimento ressalta que uma tarifa mais baixa para a população foi uma das premissas adotadas no estudo técnico realizado pela Sinfra-MT para definir o que seria feito com as obras do VLT. Outros aspectos importantes são a acessibilidade, permitida pelo fato do BRT ter ônibus de piso baixo, e o fato de ser elétrico.
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