O governador Mauro Mendes (União Brasil) vai a Brasília amanhã, quarta-feira (23), para se reunir com os governadores de Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará, respectivamente, Ronaldo Caiado (União Brasil), Eduardo Riedel (PSDB) e Helder Barbalho (MDB). Na pauta: a reforma tributária.
Os gestores vão discutir interesses comuns entre os quatro estados para juntar forças e pressionar os senadores na votação prevista para o dia 4 de outubro. Uma das queixas ao projeto é sobre a incógnita da nova alíquota de imposto a ser cobrada.
"Na minha opinião, hoje, 99,9% dos brasileiros não sabem o que está acontecendo nessa reforma. Isso inclui boa parte do Congresso Nacional, que não conhece com profundidade e não consegue traduzir para a sociedade a alíquota que vamos pagar", disse Mauro nesta terça-feira (22), durante a entrega das obras de reforma na Superintendência da Vigilância em Saúde.
Em tom duro, Mauro diz que, se a reforma sair do Senado sem a definição da alíquota, isso seria "uma irresponsabilidade com o país". "Seria o mesmo que chegar em um restaurante com o cardápio sem preço, dizendo 'coma primeiro, depois mando a conta'''.
Ele confirmou a agenda com os colegas governadores e criticou uma sessão de debates que será realizada no Senado. A audiência pretende reunir os 27 governadores no dia 29 para discutir a pauta.O governador de Mato Grosso, contudo, diz que o evento é teatral e defende que esse tipo de reunião deveria ser mais aprofundado, ouvindo os governadores por região, por exemplo.
"Amanhã eu estarei em Brasília para uma reunião com os governadores para tratar de agendas específicas desses quatro estados. Já estou nessa agenda há algum tempo. Vou estar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sim[ dia 29], embora eu ache que uma reunião de um dia com os 27 governadores é uma reunião mais figurativa", criticou.
"Se quer debater com profundidade, com qualidade, como o tema merece, teria que ser dividida, no mínimo, com reuniões por regiões". Entre um dos objetivos da reforma tributária, além da simplificação do sistema brasilero, está o fim da guerra do ICMS entre os estados. "O que eu desejo é o aprofundar da discussão e fazer uma aderência entre o que está escrito com a realidade da tributação em nosso país".
