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Notícias / Polícia

24/08/2023 às 10:22

CASO CRISTIANE

Vídeo | Laudo constata que advogada foi estuprada antes de ser morta e ex-policial é indiciado por três crimes

Almir irá responder pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, estupro e fraude processual

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Eloany Nascimento

<Font color=Orange> Vídeo</font color> | Laudo constata que advogada foi estuprada antes de ser morta e ex-policial é indiciado por três crimes

Foto: Helder Douglas / Leiagora

O inquérito que apurou a morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos, foi concluído e o ex-policial Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, foi indiciado pelo crime de estupro, homicídio quadruplamente qualificado e fraude processual. O laudo técnico constatou que a vítima foi abusada sexualmente e brutalmente espancada pelo suspeito. O processo agora está em mãos do Poder Judiciário e segue para o Ministério Público que poderá oferecer denúncia ou solicitar novas diligências.

“Almir foi indicado formalmente por três crimes. Ficou constatado e evidenciado a violência sexual, crime de estupro, seguido de homicídio quadruplamente qualificado, por motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa da vítima, usando da asfixia, meio cruel diante da quantidade de espancamento que a vítima sofreu, o feminicídio, e o meio para garantir impunidade de um crime antecedente. Ou seja, realizou a limpeza com utilização de produtos químicos, dentre eles, a criolina, o que caracteriza o crime de fraude processual para apagar provas, o que foi tudo detectado pelos laudos periciais”, afirmou o delegado titular da DHPP, Marcel Gomes de Oliveira.

As informações sobre a conclusão do inquérito foram repassadas pela Polícia Judiciária Civil, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (24), na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O delegado Edson Pick, responsável por conduzir as investigações, que foram concluídas em 10 dias, explicou que a polícia conseguiu realizar a coleta das imagens que permitiram delinear o trajeto da vítima desde a sua chegada até a saída da casa do suspeito, já em óbito. Além disso, os depoimentos de testemunhas corroboraram todas as evidências da perícia.

“Com todos os fatos técnicos que a gente apurou ele foi indiciado pelos crimes de estupro, feminicídio e fraude processual. A morte se deu por asfixia, compressão e tamponamento. Acreditamos que ele pressionou com o joelho na barriga dela e com alguns instrumentos mole, que acreditamos que seja um travesseiro, ele asfixiou ela”, explicou.

Outro ponto em que o delegado explicou é de que a violência sexual ocorreu com ela ainda em vida. Até porque, quando o estupro ocorre pós-morte o crime é de vilipêndio de cadáver. “E acreditamos, justamente, pelo desencadear das informações de testemunhas que foram ouvidas, que ouviram gritos na madrugada, no período compatível com o horário do crime. Ela veio a óbito entre meia-noite e 2h da manhã, horário que a vizinha ouviu gritos”, comentou o titular da DHPP.  

Pick também conta que o suspeito tentou ficar impune e por isso ele simula que a vítima entra no veículo e coloca um óculos escuro, para fazer de conta que ela é uma passageira no carro, em uma situação normal, e não chamar atenção, deixando o corpo de Cristiane dentro do carro no Parque das Águas. 

O delegado contou que apesar de Almir ter permanecido em silêncio no interrogatório, durante todo o período de lavratura no auto de flagrante, ele ressaltava e falava algumas coisa, e uma delas foi: 'Eu fiz merda mesmo, sou burro. Só não esperava que a polícia me prendesse tão rápido'. 

“Depois parei para fazer uma análise temporal dos desdobramentos do fato, mas tivemos as informações efetivas do homicídio às 21h10 e 23h ele estava preso. Cerca de uma hora e 50 minutos ele estava preso”, comentou.


   
Atualizada às 11h15
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