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28/08/2023 às 19:42

MAU CHEIRO

Vereador aponta impactos ambientais e sociais causados por graxaria em VG

De acordo com estudo de impacto, o odor alcança um raio de mais de 20 km de distância, chegando até Cuiabá

Leiagora

Vereador aponta impactos ambientais e sociais causados por graxaria em VG

Foto: Reprodução

O vereador por Várzea Grande, Ilder Jacinto (PSDB), saiu em defesa do movimento ‘Diga Não à Graxaria na Alameda’. O grupo, composto por representantes comunitários, têm recorrido às autoridades políticas de Cuiabá em busca de soluções para minimizar os impactos ambientais causados pela instalação da Graxaria Marfrig, no município.

Em seu pronunciamento na Câmara Municipal, o parlamentar ratificou o estudo de impacto realizado pelo movimento que confirmou que o odor causado pelo processamento dos restos de animais oriundos de atividade frigorífica, pode ser facilmente identificado em um raio de mais de 20 quilômetros de distância, alcançando também, à Capital.

“O cheiro da nossa cidade está mudando. O grupo da Graxaria Não é importante, pois as pessoas caminhavam pela Avenida Doutor Paraná e, agora, estão migrando para Avenida 31 de março, devido ao mau cheiro que se formou no local.”

Ilder afirmou ainda que esteve presente na companhia dos líderes do movimento, durante visita à Assembleia Legislativa (ALMT). Na Casa de Leis, foram recepcionados pelo deputado estadual, Fábio José Tardin (PSB), o Fabinho, que prometeu ir atrás de soluções para sanar o problema.

“Fomos na Assembleia, muito bem recebidos pelo nosso deputado estadual Fabinho, este, que nos prometeu caminhar conosco nessa luta. Meus parabéns.”

O vereador destacou também as vitórias conquistadas pela empresa na Justiça, por meio da aquisição de todas as licenças necessárias de funcionamento, porém, segundo ele declarações contidas em papel não condizem com a realidade vivenciada pela população.

“A Marfrig investiu e muito, mais de R$ 40 milhões para não poluir o ar.  Coleciona muitos ganhos na justiça, mas, no teste do nariz não tem como errar. Está poluindo, prejudicando não somente um bairro, e sim, vários. De acordo com o movimento, mais de 50 mil pessoas sentem esse mau cheiro”, pontuou.

Jacinto argumentou que a Marfrig tem atuado legalmente na cidade, no entanto, os malefícios causados aos moradores precisam ser levados em consideração pelas autoridades competentes.

Entenda o caso

Apesar das tentativas da Marfrig de instalar a graxaria no bairro Alameda, em Várzea Grande, a Lei n° 4672/2020 que impede que a empresa opere em área residencial, com a emissão de gases fétidos, ainda segue em vigência no município. E os moradores têm cobrado que as autoridades façam valer o que está previsto em lei, pois estão temerosos que o mau cheiro volte a causar prejuízos.

A lei também estabelece que um empreendimento desta finalidade tem operação permitida exclusivamente em área industrial conforme está previsto ainda na legislação de Uso e Ocupação de Solo de Várzea Grande. Já em caso de empresas já existentes, é necessária a adoção de medidas preventivas de emissão de odores e outros resíduos, ainda segundo a lei.

 No entanto, sob a alegação de que o sistema de tratamento que está sendo implantado tem eficiência de remoção de emissões gasosas, a Marfrig recorreu à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e obteve o licenciamento pertinente à atividade para iniciar a operação, apesar de a legislação ser explícita quanto à implantação de empreendimentos deste tipo.

A poluição ambiental também é fator preocupante, em razão da proximidade da graxaria com o Rio Cuiabá. Por isso, a implantação do empreendimento foi alvo de uma ação na Justiça devido ao já mencionado desrespeito à legislação e tantos prejuízos que a instalação naquele local vai ocasionar.

 
Com Assessoria
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