Um grupo de vereadores e deputados acompanhou a equipe do Gabinete de Intervenção Estadual da Saúde em Cuiabá para fiscalizar o andamento das obras da Policlínica do Coxipó e o resultado não foi positivo. De acordo com o vereador Fellipe Correa (Cidadania), a obra na unidade, que já dura mais dois anos, encontra-se parada devido a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que a Secretaria de Meio Ambiente de Cuiabá se recusa a fornecer ao Gabinete de Intervenção. Só então tocar a obra poderá ser concluída.
Durante conversa com a imprensa na manhã de terça-feira (29) na Câmara de Cuiabá, o vereador Fellipe contou que na semana passada esteve na unidade de saúde com um grupo de vereadores da oposição e todos ficaram espantados com a demora na reforma da unidade. Os parlamentares foram então até o Gabinete de Intervenção.
A interventora Daniele Carmona explicou que as obras da policlínica são de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente de Cuiabá, que há mais de dois anos assinou um TAC assumindo o compromisso de reformar a unidade. Acontece que após a instalação da intervenção, a secretaria até o momento não forneceu as condições do TAC para que a equipe interventora pudesse continuar as obras, tal como está sendo feito nas outras unidades da Capital em que as obras são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde.
“A própria interventora não tem esse TAC e a prefeitura não forneceu, a secretaria que tá com esse TAC, que conduz esse TAC, não repassou as informações. Nós, vereadores, vamos exigir que a secretaria passe as informações, mas antes disso vamos fazer uma vista ao secretário de Meio Ambiente Renivaldo Nascimento. Temos que entender o contexto desse TAC, porque nesse caso a empresa começou a obra há dois anos. Se esse TAC estivesse com a Secretaria de Saúde Municipal, a intervenção teria o controle dessa obra”, explicou o vereador.
Fellipe ainda acusou a Prefeitura de Cuiabá de fazer um "boicote contra a intervenção", motivo pelo qual não estaria fornecendo as informações para que o gabinete possa enfim terminar a obra.
Estiveram presentes na visita, além de Fellipe Correa e da interventora Daniele Carmona, os vereadores Luiz Fernando (Republicanos), Sargento Joelson (PSB) e Dilemário Alencar (Podemos), o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) e o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União).
O outro lado
Ainda na Câmara de Vereadores, quem rebateu as alegações de boicote feitas por Fellipe foi o líder do prefeito, o vereador Paulo Henrique (PV). De acordo com o parlamentar, todo Termo de Ajustamento de Conduta deve passar por adequações, o que está acontecendo com o atual TAC que está em mãos da Secretaria de Meio Ambiente. Porém, o parlamentar não soube disser porque a demora em realizar as tais adequações que já duram anos.
“O TAC tem que ser analisado, tem que ser feito adequações, tem que passar por vários setores para que chegue lá e não volte de novo. O que está acontecendo são algumas adequações. Jamais a secretaria de Meio Ambiente está boicotando”, garantiu Paulo Henrique.