O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), rebateu as críticas feitas pelo senador Jayme Campos (União) à lista de frigoríficos enviada à China para habilitação às exportações para o país asiático. No Senado, Jayme afirmou que uma verdadeira quadrilha estaria comandando o mercado de exportação, beneficiados pelo Mapa. Classificou ainda a lista como uma "lambança", por incluir um frigorífico de Diamantino (a 181 km de Cuiabá) que pegou fogo e estaria desativado. O senador Mauro Carvalho (União) endossou a crítica feita por Jayme e cobrou apuração da denúncia.
Fávaro, contudo, pondera que a lista seguiu ordem cronológica e foi aprovada por todas as entidades representativas do setor. Informou ainda que a China já analisou número acima das 20 unidades indicadas inicialmente pelo ministério.
"Talvez, pela amizade que temos, o senador Jayme Campos poderia ter me questionado ou me chamado para ir à Comissão de Agricultura do Senado, que eu posso ir para dar os detalhes de como foi a lista enviada. Não é uma nova lista. É uma lista que eles [China] já tem lá com 77 [frigoríficos]", explica.
Segundo o ministro, a China solicitou que o número fosse reduzido a 20 para iniciar a habilitação, e isso foi feito em ordem cronológica. "A China vinha pedindo insistentemente para a gente enviar uma lista menor. Já estamos quase no final do ano sem as habilitações e chegamos ao entendimento com todas as entidades que mandaríamos pelo menos as primeiras 20 para eles analisarem. E eles já avisaram que passaram dessas 20, portanto, todos aqueles que cumpriram os requisitos estão aptos a tratar com os importadores chineses e o governo chinês a sua habilitação. Quem vai habilitar é a China e não o Brasil", pontua.
A respeito do caso da planta frigorífica de Diamantino, Fávaro argumenta que o ministério não deve punir a região nem a empresa e lembrou que a vistoria da China é que deve retirar ou manter a habilitação para exportação. "Se, no momento em que a China for fazer a vistoria, ela não estiver apta, a China não vai habilitar e ela continua na lista. Simples assim e não há nada de errado".
Em nota, o Mapa reafirmou o que Fávaro já havia pontuado com a seguinte nota:
Não existe uma nova lista montada conforme está sendo veiculado nas notícias recentes. O que foi feito é uma redução da lista a pedido do governo chinês, mas que seguiu a ordem cronológica de início do processo das plantas que realizaram todos os procedimentos necessários para a habilitação, não tendo nenhuma interferência ou prioridade de escolha. Ou seja, respeita o critério técnico de quando o estabelecimento protocolou o questionário e foi considerado conforme pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária.
A primeira lista encaminhada contava com 77 plantas frigoríficas que cumpriram os requisitos sanitários exigidos e estão aptas para habilitação e, após reunião com as entidades representativas do setor, o entendimento foi de redução aos 20 primeiros para avaliação inicial.
O ministro Carlos Fávaro, já tem a informação que as análises pelas autoridades sanitárias chinesas já passam das 20, portanto, todos que estão aptos para a habilitação podem sim ser contemplados e devem tratar a partir de agora com os importadores chineses e o governo chinês para sua habilitação.
Caso específico de Diamantino, que é uma planta que teve um incidente e pegou fogo e que estava na lista, o Mapa informa que ela continua na lista. Não será punida. Se no momento em que a China for realizar a vistoria ela não estiver apta, não será habilitada naquele momento, mas permanecerá na lista.
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