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Notícias / Política

06/10/2023 às 17:24

CPI DOS INDENIZATÓRIOS

Farmacêutico do Ministério da Saúde fala sobre falta de planejamento na compra de medicamentos para rede SUS

Servidor de carreira da SMS também comentou sobre a ausência de controle, estratégias e funcionários

Leiagora

Farmacêutico do Ministério da Saúde fala sobre falta de planejamento na compra de medicamentos para rede SUS

Foto: Donatto Aquino/Secom

O farmacêutico João Paulo Martins participou da reunião da CPI dos Indenizatórios, realizada na tarde de quarta-feira (4). Ele, que é servidor de carreira da Secretaria Municipal de Saúde, do Ministério da Saúde e membro do Conselho Regional de Farmácia, comentou sobre a falta de planejamento na compra de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

A princípio, João Paulo explicou que o sistema farmacêutico precisa trabalhar de forma planejada, definindo o rol terapêutico dos medicamentos para usar na rede SUS. 

“Quanto maior o planejamento, menor o gasto e o armazenamento. É preciso fazer o controle de entrada, saída e o descarte, tem que saber conduzir a meta de estoque, do controle da entrada e saída para as pontas terem poder de suprimento, basear o estoque, o primeiro que entra e sai, e olhar os prazos de validade”, explicou. 

Ele comentou que o Gabinete de Intervenção passa pelo mesmo problema que os demais gestores da saúde municipal: falta de rotina e falta de processos bem definidos na ponta. “Há um ciclo de excesso de compras emergencial, de contas não programadas”. 

João Paulo disse também que é necessário analisar os riscos, critérios, o que mais impacta e o que minimiza para não fazer compras erradas. 

“Temos um déficit de farmacêuticos na rede e, infelizmente desde 2021, o CRF não tem farmacêuticos na atenção básica, pouco na terciária e a quantidade não é suficiente. Contudo, é preciso mudar muito questões de estratégias de compra, atenção clínica, equipes de saúde. O medicamento é bem precioso e não pode ser tratado por qualquer um e precisa de estudo de logística”, disse. 

Questionado sobre o descarte realizado no último sábado (30) pelo Gabinete de Intervenção, o convidado disse que todo inventário é planejado e nas datas finais têm o descarte. O descarte é feito após as contagens, sempre programado para não gerar custos.

“Se você não planeja, você onera a folha, vai ter que dar folga a esses servidores, você tem que chamar gente de fora. É bom você planejar, ainda mais tendo produtos judiciais, de outras gestões. O próprio TCE fala sobre ter um acompanhamento do que se está descartando, mas na prática, o usual não é assim. Se faz o descarte no final do dia útil”. 

Para fazer o descarte de forma legalizada, é preciso uma ordem de serviço com os motivos, a listagem e o porquê de se jogar naquela quantidade. “O descarte é caro, você contrata por quilo e tudo é pesado e tem custo. Todo produto jogado tem custo operacional e deve estar na planilha de custo”. 

 
Com informações da Câmara de Cuiabá
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