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Notícias / Política

10/11/2023 às 16:20

PRIMEIRO FAZ, DEPOIS COBRA

Comissão de vereadores pede suspensão de cobrança de estacionamento no centro de Cuiabá

De acordo com Maysa Leão, cobrar esses valores ainda este ano pode prejudicar, e muito, os comerciantes do centro da Capital

Paulo Henrique Fanaia

Comissão de vereadores pede suspensão de cobrança de estacionamento no centro de Cuiabá

Foto: Reprodução

A Comissão de Indústria e Comércio da Câmara de Vereadores de Cuiabá enviou, nessa quinta-feira (9), um pedido à Secretaria Municipal de Obras e à Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico para que seja suspensa a cobrança do estacionamento rotativo no centro da Capital. A exigência da Comissão é que seja executado ao menos 50% das obras previstas no projeto de revitalização da região central de Cuiabá antes do início da cobrança.
 
O Leiagora conversou com a vereadora e membro da Comissão de Indústria da Câmara, Maysa Leão (Republicanos). De acordo com a parlamentar, cobrar esses valores ainda este ano pode prejudicar, e muito, os comerciantes do centro da Capital, haja vista que em dezembro, devido às festas de fim de ano, o comércio tende a ficar ainda mais movimentado. Deste modo, a cobrança de estacionamento pode fazer com que a região perca de forma considerável o fluxo de visitantes.
 
Desde o dia 1º de novembro, o estacionamento rotativo em Cuiabá está em vigor por meio do programa “Cuiabá Rotativo”. Cerca de 2,6 mil vagas estarão disponíveis na região central da cidade, com preços fixados em R$ 3,40 por hora para carros e R$ 2 por hora para motos. As vagas rotativas funcionarão de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h. Bicicletas que obstruírem vagas destinadas a carros ou motos também serão alvo de cobrança. 
 
Durante todo o mês de novembro será a etapa de conscientização dos usuários, sem a cobrança das tarifas. A partir de dezembro, as regras do sistema entrarão em vigor, com a fiscalização do cumprimento das normas.
 
O projeto faz parte de uma Parceria Público-Privada (PPP), de cerca de R$ 100 milhões, que tem como objetivo promover a revitalização e ressignificar o uso social dos espaços para renovar o potencial econômico da região, agindo a favor do cidadão e daqueles que visitam a cidade.

O “Cuiabá Rotativo” é operado pelo Consórcio C.S Mobi, composto pelas empresas Areatec – Tecnologia e Serviços LTDA, Promulti Engenharia, Infraestrutura e Meio Ambiente LTDA e a CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais LTDA. A ordem de serviço conta com quatro frentes: construção e operação do novo Mercado Municipal Miguel Sutil; requalificação das vias locais e pedestrianização do centro urbano (criação de espaços adequados aos pedestres); modernização do Mobiliário Urbano, como bancos públicos, pontos de ônibus, suportes para bicicletas e relógios com conectividade; e novos espaços de estacionamento (Smart parking).  
 
Para Maysa, essa cobrança deve ser feita com o projeto de revitalização em andamento e já com mais da metade das obras concluídas. “Primeiro construa alguma coisa. Eles não construíram nada. Eles cercaram ali o mercado Miguel Sutil, fizeram medidas, mas é só, acabou. Não tem nada construído, não tem uma calçada recuperada, o calçadão continua depredado, a segurança não melhorou. O que nós queremos enquanto Comissão é que não seja cobrado esse ano para não penalizar o comerciante e que a empresa primeiro mostre serviço, vai recuperar alguma coisa e aí sim institui a cobrança”, afirma a vereadora.
 
Caso o pedido de suspensão da cobrança não seja acatado, a vereadora afirma que a Comissão pode ir além: “Não sendo acatado, a gente vai no Tribunal de Contas de Estado (TCE). Não sendo acatado, a gente vem para o Plenário da Câmara. Não sendo acatado, a gente vai para a rede social, a gente faz paralisação no centro”.
 
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